Plásticos: práticos mas vilões da natureza

Os materiais plásticos estão presentes em todas as casas. Muito comuns nas embalagens de alimentos, bebidas, higiene pessoal entre outros. Na média uma família com 4 pessoas gera 100 litros de material reciclável por semana. 50% são plásticos. 

Infelizmente é um vilão para o meio ambiente. Na época que foi criado, não havia preocupação ambiental, não estava em foco, e a produção desenfreada do material levou à situação na qual o planeta se encontra hoje. Milhões de toneladas são jogadas em lixões, aterros sanitários, natureza e oceanos todos os dias. 

Sendo assim, a reciclagem é um dos principais caminhos para minimizar os impactos ao meio ambiente, reaproveitar os materiais, gerar novos postos de trabalho e movimentar a economia circular.

Consegue-se dar um destino para os resíduos que seria acumulado no meio ambiente, reinserindo o mesmo na produção. Além disso, ela evita o uso do petróleo, que é uma matéria-prima não renovável e poluente. Dessa forma, ao reciclar e difundir ideias de sustentabilidade muitas empresas estão trabalhando para melhorar esse cenário, por exemplo, com projetos para coletar embalagens usadas e enviar para cooperativas, onde elas são segregadas e enviadas para a indústria recicladora.

Assim, observa-se que reciclagem e sustentabilidade estão intimamente ligadas e, portanto, quanto mais o mercado de coleta seletiva e reciclagem crescerem, mais haverá uma preocupação com o nosso planeta. Invista nessa causa e consulte a Valora para bater suas metas ESG e ajudar nosso meio ambiente.

Dejetos plásticos nos oceanos devem triplicar até 2040

Entre 19 e 23 milhões de resíduos plásticos param no mar a cada ano, afirma o relatório, que resume mais de 2 mil estudos sobre o tema.

Os resíduos plásticos já estão em todas as partes dos oceanos e ameaçam a biodiversidade marinha, alerta um relatório da organização Fundo Mundial para a Natureza (WWF), que pediu um tratado internacional para combater o problema. A contaminação “atingiu da superfície ao fundo do mar, dos polos às costas das ilhas mais isoladas, do menor plâncton à maior baleia”, afirma a ONG, a poucas semanas de uma assembleia sobre meio ambiente das Nações Unidas.

Entre 19 e 23 milhões de resíduos plásticos param no mar a cada ano, afirma o relatório, que resume mais de 2 mil estudos sobre o tema. Os resíduos sofrem uma decomposição e viram partículas minúsculas, transformando-se em nanoplásticos, de tamanho inferior ao mícron (milésima parte de um milímetro).

A situação é tão grave que, mesmo com o fim do constante despejo de lixo atual, o volume de microplásticos dobraria até 2050 devido aos resíduos já presentes. Porém, o mais inquietante é que a inundação de material não será interrompida: a produção de plástico novo deve dobrar até 2040, o que triplicará os dejetos nos oceanos. “Estamos chegando a um ponto de saturação em vários lugares, o que representa uma ameaça não apenas para as espécies, e sim para todo o ecossistema”, explica Eirik Lindebjerg, diretor de pesquisas sobre resíduos plásticos no WWF.

Além das imagens impactantes de tartarugas ou focas presas em redes, toda a cadeia alimentar está em perigo. Um estudo de 2021 sobre 555 espécies de peixes localizou restos de plásticos em 386 delas. Outros cientistas que examinaram a pesca de bacalhau, um dos peixes mais comercializados, detectaram que até 30% das espécies pesqueiras no Mar do Norte tinham microplásticos no estômago.

Lixo plástico dos deliveries domina o oceano - HARDCORE

No limite

Quase 17% dos arenques capturados no Mar Báltico também tinham microplásticos. No Atlântico Norte, 74% das aves marinhas haviam ingerido plástico. Um estudo no Havaí calculou o percentual nessa região do Pacífico em 69%. “O que demonstramos com esse relatório é que os ecossistemas têm um limite para absorver a contaminação”, explica Eirik Lindebjerg.

No Mediterrâneo, no Mar Amarelo, no Mar da China Oriental (entre China, Taiwan e a península coreana) e nas águas geladas do Ártico, o limite já foi alcançado. “O sistema não admite mais plástico. Por isso, temos que seguir para zero emissão, poluição zero, o mais rápido possível”, diz Lindebjerg. “Limpar os oceanos é extremamente difícil e caro”, recorda.

Uma conferência sobre o meio ambiente organizada pela ONU acontecerá em Nairóbi, de 28 de fevereiro a 2 de março. Este é o momento de propor um acordo internacional “que possa resultar no fim de alguns produtos que não precisamos” e em critérios de produção e de reciclagem internacionais, pede o especialista.

Para onde vai todo o plástico que produzimos? - Pegada Ecoturismo

Fonte: Correio Braziliense

Reciclagem vai ganhar impulso com regulamentação, diz ministro

Depois de mais de uma década em hibernação, a política de logística reversa, que visa a reciclagem de embalagens e outros materiais, começa a sair do papel. No último dia 13, foi regulamentado o decreto 10.936, da lei 12.305, de 2010, da política nacional de resíduos sólidos. Para o país, pode representar um passo importante em aspectos relativos à gestão de material normalmente destinado aos lixões, à redução de gases poluentes e o aproveitamento de resíduos. Em entrevista à EXAME, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, discute o impacto da legislação e o desafio — agora renovado, com o convite feito ao país para integrar a OCDE e a lição de casa que teremos na esfera ambiental — em reduzir o desmatamento. Veja, a seguir, os principais trechos da entrevista.

Qual é a importância da regulamentação da política nacional dos resíduos sólidos, no dia 22 de janeiro, e o que muda agora?

A política de resíduos sólidos e reciclagem não havia ainda se tornado realidade. O processo para as empresas e os demais elos da cadeia era burocrático, difícil. Ninguém sabia qual era sua responsabilidade. Criamos uma espécie de marco legal dos resíduos sólidos. O decreto dá a responsabilidade de cada um, de forma clara, simplifica e desburocratiza a coleta e reciclagem de lixo. Tudo isso torna o setor mais atrativo à iniciativa privada.

As empresas tinham dificuldade em fazer a logística reversa de uma série de materiais em razão da falta de regulamentação?

Exatamente. Falando em iniciativa privada, estamos preparando o lançamento de um crédito de reciclagem que deve sair logo.

Como será formatado esse programa?

As fábricas farão leilões para retornar as embalagens delas. Vai ter um sistema para que quando você retornar uma embalagem, terá um crédito. Deverá ser um valor ao redor de R$ 200 para os coletores de resíduos, pago pelas empresas. As empresas têm hoje determinadas obrigações de reciclagem.

Então os leilões serão direcionados aos catadores?

O leilão será feito pelas indústrias que darão recursos para os catadores buscarem as embalagens. Cooperativas e microempresas vão poder participar. Não poderão ser pessoas físicas porque precisa emitir nota fiscal. São mais ou menos 300 mil, 400 mil catadores que deverão ser transformados em coletores de resíduos. Essas pessoas terão uma renda extra a partir do momento em que ficarem encarregadas de ir até determinado local para buscar um tipo de material. A ideia é que o resíduo que iria para o lixo ou um aterro comece a ter valor econômico. O ministro Paulo Guedes ajudou muito a desenhar esse programa.

E não vai precisar ter uma auditoria dos leilões e dos créditos?

Sim, mas isso cabe às empresas. Da nossa parte, por meio da política de resíduos sólidos fica instituído que a empresa precisa providenciar a reciclagem de embalagens, com um volume determinado de embalagens por ano. A falta de braço para fazer isso fica resolvida com o programa de leilões, que habilita e organiza os catadores a fazer parte desse processo, coletando de uma outra forma. É um novo modelo. Os catadores poderão, por exemplo, passar em condomínios em determinados dias e horários para recolher o material descartado.

A indústria costuma se queixar da falta de mecanismos mais bem estruturados para a cadeia de reciclagem, não? O que o senhor tem a dizer sobre isso?

Não é verdade. Grande parte das embalagens é retornável. Por exemplo, 94% das embalagens de defensivos agrícolas se encaixam nessa categoria. O consumidor normal, no entanto, não faz isso. A ideia do novo programa é tornar o consumidor comum mais responsável por aquilo que ele adquire e descarta.

Mas como o consumidor vai ser incentivado a fazer isso?

Campanha de educação. Quando eu consumo um colchão ou uma geladeira e precisar descartar, como vou fazer isso? Precisamos nos preocupar com isso.

E sobre outras questões, como a necessidade de reduzir a emissão de gases de efeito estufa, como o metano?

Teremos um programa para redução de emissão do metano. Chama Metano Zero.

E como vai funcionar? Os lixões emitem metano, não?

O programa ainda não está pronto, estamos vendo ainda alguns detalhes.

Mas o senhor pode explicar um pouco melhor?

Posso dizer que o potencial de emissões de resíduos orgânicos de aves, suínos e alimentos em geral no Brasil, depositados em lixões, é bastante alto. É muita matéria orgânica reunida. Vamos lançar um programa específico para resíduo rural. Vamos transformar granjas de aves e suínos em postos de energia limpa.

Como isso será feito?

Colocando biodigestores nas propriedades rurais que vão usar a biomassa produzida. O gás oriundo desse processo pode alimentar, por exemplo, os motores de tratores e caminhões. Já existe trator a gás. E o gás produzido do metano custa menos de um terço do valor do gás natural. Esse programa deve ser lançado em fevereiro. Essa ideia surgiu durante a COP26, em Glasgow. Fizemos um acordo com o John Kerry para reduzir as emissões e dentro da política de resíduos sólidos temos a oportunidade de fazer isso. Precisamos resolver a questão dos resíduos orgânicos. Estudando o marco legal de resíduos, entendemos que havia soluções possíveis para os orgânicos.

O Brasil foi convidado para entrar na OCDE e teremos uma séria de etapas a cumprir em relação a políticas de meio ambiente. Como o senhor vê essa questão?

Tivemos uma reunião com a OCDE antes da Conferência do Clima, no ano passado. Todos os países têm desafios, inclusive os que estão na OCDE. Há diversos tipos de desafios climáticos, inclusive poluição de rios, enchentes, quedas de barrancos, que todos países têm. Estamos em um processo de entrar na OCDE e o clima é um desafio para nós e outros países, mas será superado. Com incentivos como a regulamentação de política de resíduos sólidos, deverá ser proporcionado um estímulo a mais para a economia verde. E o mercado de carbono será a grande solução. Esse programa de crédito para catadores se insere nesse contexto.

A questão da Amazônia é um desafio, não? Como o ministério está tratando o problema do crime organizado na região e o desmatamento?

A Polícia Federal tem feito diversas operações. Deverá ser desenhada uma operação especial, Guardiões do Bioma, com o nosso apoio. O crime organizado sem dúvida é um tema.

Como esse programa deverá ser estruturado?

Deverão ser colocadas dez bases fixas na Amazônia.

Mas não é pouco?

Nunca foram colocadas dez bases fixas da Polícia Federal no meio da Amazônia, com mais de mil homens. Não estou falando nas capitais, em Belém, Manaus. As bases serão colocadas no meio da floresta, onde acontecem os crimes ambientais. A Defesa vai participar na parte logística. Temos de tomar cuidado para não jogar em cima de um setor da sociedade algo que é uma atividade criminosa.

 

 

Fonte: Exame – 01/02/2022

Decreto cria programa de Logística Reversa para melhorar destinação de resíduos

O governo federal editou um decreto para criar o Programa Nacional de Logística Reversa na área de resíduos sólidos.

A Logística Reversa é um instrumento para viabilizar a coleta e a restituição de lixo ao setor empresarial, para reaproveitamento ou outra destinação ambientalmente adequada. Segundo o governo, o programa tem como objetivo potencializar o alcance dos resultados dos diferentes sistemas não só implementados, como os que estão em processo no País.

“Ele ainda possibilita uma melhor comunicação aos cidadãos sobre os pontos de entrega voluntária, para o descarte adequado de resíduos, assegurando a rastreabilidade dos resíduos por meio de integração ao Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos, o Sinir”, afirmou a Secretaria-Geral da Presidência da República.

Segundo a pasta, o decreto também moderniza dispositivos e desburocratiza procedimentos para a “efetiva” implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída por lei de 2010. “O texto também busca conferir maior clareza e segurança jurídica, essenciais para atração de novos investimentos”, disse.

A revisão da regulamentação dessa política, na visão do Ministério do Meio Ambiente, era necessária em razão da quantidade de resíduos que ainda são descartados de forma inadequada no meio ambiente.

“Cabe ressaltar que o texto não trará aumento de despesas diretas ou indiretas para o Governo Federal. A proposta também não implica em renúncia de receita, criação ou expansão de ação governamental”, afirmou a Secretaria-Geral.

Artigo: Istoé

Como a Logística Reversa auxilia os empresários a cumprir a Política Nacional de Resíduos Sólidos

Antes de falar sobre os Créditos de Logística Reversa, é necessário falar sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Instituída pela lei 12.305 em 2 de agosto de  2010, alterando a Lei 9.605 de 12 de fevereiro de  1998. 

A PNRS trouxe um conjunto de ações que devem ser realizadas para promover um melhor desenvolvimento socioeconômico no que diz respeito aos resíduos sólidos no país, determinando princípios, objetivos e mecanismos, bem como orientações relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos, às responsabilidades dos geradores e do Estado e aos instrumentos econômicos aplicáveis. E ainda que haja uma diretriz nacional, cada estado pode possuir suas próprias normativas acerca dos resíduos.

E uma das determinações que constam na PNRS é a da Logística Reversa, em que fabricantes de produtos possuem a responsabilidade de dar uma destinação adequada a pelo menos 22% das embalagens no pós-consumo.

A necessidade de cumprir a Logística Reversa cresceu nos últimos anos. E o Acordo Setorial de Embalagens estabeleceu metas de reciclagem para toda a cadeia de produção de embalagens. No entanto, algumas empresas mostraram dificuldades em se adaptar. 

Dentro desse escopo, uma das alternativas que existem para facilitar a logística reversa das embalagens para que o fabricante cumpra a logística reversa  é através da adoção do “sistema de compensação” ou “impacto positivo das embalagens”, conhecido como crédito de logística reversa, que é menos custoso que o método tradicional de adicionalidade de massa.

Todos os recicláveis que são vendidos geram notas fiscais e estas são o lastro do crédito. Isto é, o peso equivalente declarado em nota, em toneladas, corresponde a quantidade de créditos disponíveis para comercialização, de acordo com a classificação do material (plástico, papel, metal e vidro).

Existem várias soluções no mercado, a Valora utiliza a Central de Custódia que foi a única forma que encontramos para garantir a unicidade da massa compensada, a colidência entre as notas fiscais e, portanto, certificarmos que estamos promovendo a adicionalidade/novos fluxos de materiais recicláveis ingressando na cadeia. 

Outro diferencial, além de assegurar a adicionalidade, é que sempre repassamos 100% do valor do crédito para as nossas cooperativas parceiras, não impactando na renda delas.

Qualquer empresa que gere resíduo no pós consumo pode e deve realizar esse tipo de impacto positivo, desde que esses não sejam resíduos considerados perigosos, como infectantes, perfurocortantes, inflamáveis, entre outros. Esse tipo de material possui um descarte adequado de acordo com sua classificação.

Outro ponto importante foi a criação do Acordo Setorial para Implementação de Logística Reversa de Embalagens no Geral, assinado em 2015 foi de alta importância para garantir a realização da LR. Algumas empresas que fazem parte de Associações e Institutos decidiram unir esforços e formaram uma coalizão para realizar a implantação de ações para Sistemas de Logística Reversa de resíduos de embalagens não perigosas.  Esses compõem a parte dos resíduos sólidos urbanos secos.

Dentre as associações constam:

ABRE – Associação Brasileira de Embalagem

ANAP – Associação Nacional dos Aparistas de Papel

ANCAT – Associação Nacional de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis

CEMPRE – Compromisso Empresarial para Reciclagem

CNC – Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo

INESFA – Instituto Nacional das Empresas de Sucata de Ferro e Aço

RECIBRAS – Associação Brasileira de Empresas de Reciclagem

Além das citadas acima, ainda consta a Coalizão Embalagens. E vale lembrar que dentro do acordo existem diversos tipos de obrigações das associações, as quais as empresas precisam cumprir.

 

 

Referências:

Central de Custódia. Logística Reversa de Embalagens. Disponível em: <https://centraldecustodia.com.br/>. Acesso em 13 dez 2022.

República Federativa. Acordo setorial para implantação do sistema de logística reversa em embalagens no geral. Disponível em: <https://sinir.gov.br/images/sinir/Embalagens%20em%20Geral/Acordo_embalagens.pdf>. Acesso em: 10 dez 2022.

República Federativa. Política Nacional de Resíduos Sólidos. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm>. Acesso em 10 dez 2022.

Sancionada Lei que estabelece incentivos à indústria da reciclagem

Em 8 de dezembro de 2021, o Presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou parcialmente o Projeto de Lei nº 6.545, de 2019 (Lei Federal n° 14.260, publicada no Diário Oficial da União em 09/12/2021). Com os vetos, a Lei Federal versa, em suma, sobre a constituição de Fundos de Investimentos para Projetos de Reciclagem (ProRecicle) como incentivo à indústria de reciclagem.

A lei autoriza a constituição do ProRecicle. Os recursos do fundo serão destinados a projetos de reciclagem e a instituição da Comissão Nacional de Incentivo à Reciclagem.

Pelo projeto, a Comissão será formada por representantes dos ministérios do Meio Ambiente; do Trabalho e Emprego; da Indústria e Comércio; da Fazenda; das Cidades; e do Congresso Nacional. Também participarão cientistas e representantes do setor empresarial e da sociedade civil. Caberá à Comissão propor diretrizes, acompanhar e avaliar as políticas de incentivo à reciclagem.

Mais detalhes 

O Projeto de Lei tinha por objetivo estabelecer incentivos e benefícios fiscais para projetos que estimulem a cadeia produtiva da reciclagem, visando fomentar o uso de matérias-primas e insumos de materiais recicláveis e reciclados, em consonância com a Polícia Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal n° 12.305/2010).

A sanção presidencial foi parcial, tendo sido importantes artigos vetados por suposta inconstitucionalidade e contrariedade ao interesse público, após oitiva do Ministério da Economia. Foram vetados, por exemplo, os incisos que descreviam sobre (i) o incentivo à projetos de reciclagem, (ii) bem como o que previa doações ao Fundo de Apoio para Ações Voltadas à Reciclagem (Favorecicle). Ambos eram considerados incentivos necessários para a implementação dos objetivos da Lei.

Dessa forma, os incentivos poderão ocorrer somente por meio de constituição de Fundos de Investimentos para Projetos de Reciclagem (ProRecicle), que terão os recursos destinados aos projetos em referência, disciplinados pela CVM – Comissão de Valores Mobiliários, com a oitiva do Ministério do Meio Ambiente.

Também foram vetados os artigos que descreviam incentivos aos projetos de reciclagem e o Favorecicle, bem como os artigos quer versavam sobre a dedução de imposto de renda e isenções de IOF nas operações com os fundos ProRecicle.

Segundo a Secretaria-Geral das Presidência da República, parte da lei sancionada foi vetada por não observar o disposto na Constituição Federal e na Lei de Responsabilidade Fiscal pela “ausência de estimativa de impacto orçamentário e financeiro e da adequação orçamentária e financeira acerca da criação de despesas e renúncias de receitas”.

Por fim, o Ministério do Meio Ambiente concederá anualmente certificado de reconhecimento a investidores, beneficiários e empresas que se destacarem pela contribuição à realização dos objetivos destacados e a Comissão Nacional de Incentivo à Reciclagem (CNIR) será responsável por estabelecer as diretrizes necessárias, bem como acompanhar e avaliar os incentivos, sendo composta, inclusive, por dois representantes do setor empresarial e dois representantes da sociedade civil. A nossa equipe de Meio Ambiente, Consumidor e Sustentabilidade está à disposição para prestar mais esclarecimentos sobre o tema.

Nos conte o que achou dessa nova lei sancionada e compartilhe o conteúdo em suas redes sociais.

Artigos: Agência Brasil e Trench Rossi

CONHECENDO O TIME VALORA: ÁREA DE OPERAÇÕES

A equipe Valora cedeu entrevistas em parceria com o Eco Bagagens junto do Rogerio Naressi e seu time e decidimos compartilhar por aqui com vocês também! Essa foi a entrevista que a Rafaela Ferrari da área de Operações da Valora deu!

ENTREVISTA ÁREA DE OPERAÇÕES

Rogério: O que seria a área de operações?

Rafaela: Nossa operação envolve os processos de implementação, engajamento do morador, equipe de limpeza e coleta dos materiais recicláveis. Na implementação realizamos a adequação da infraestrutura, como instalação de coletores para descarte de pilhas, óleo e vidro, placas de identificação, contêineres para reciclável e organização da sala de resíduos com Big Bags. 

O engajamento envolve o treinamento dos moradores e da equipe de limpeza. O treinamento do morador é feito inicialmente de forma online, com dia e horário estipulado, durante uma hora, normalmente período noturno, para mais comodidade aos moradores. Realizamos também o treinamento porta a porta, onde entregamos um flyer com dicas para facilitar a separação do resíduos para o morador. O treinamento da equipe de limpeza é presencial, onde passamos a importância da separação do resíduo e como eles como equipe podem nos ajudar. Além de vídeos e posts semanais com dicas e informações para melhorar a qualidade do descarte desses resíduos. Para intensificar o nosso engajamento disponibilizamos o nosso APP de cashback, onde o morador e colaborador pode trocar por benefícios de lojas parceiras.

Por fim, depois desses processos começamos a coleta dos materiais recicláveis A coleta é feita pela nossa equipe de logística, que normalmente é formada por um motorista e dois ajudantes. Eles são responsáveis por recolher os sacos de dentro dos Big Bags e levar para as nossas cooperativas parceiras, onde todo material é doado. Dessa forma contribuímos com a renda dos cooperados e das suas famílias.

Rogério: Como é feita a coleta dos recicláveis?

Rafa: Coletamos os recicláveis em sacos, acomodando-os em Big Bags, que são levadas as nossas cooperativas parceiras e todo o material é doado.

Rogério: Como podemos saber a qualidade do resíduo coletado?

Rafa: Conseguimos verificar a qualidade do resíduo coletado, pela nossa equipe de logística, com reportes diários de cada coleta realizada e também pelo feedback da cooperativa.

Rogério: Quais são os processos de engajamento para separação do resíduo?

Rafaela: Possuímos o treinamento online e porta a porta ao morador e o treinamento presencial para a equipe de limpeza. Enviamos vídeos e posts semanais com dicas e informações para estimular a limpeza e separação correta dos resíduos e com isso melhorar a qualidade do descarte. E para intensificar o nosso engajamento disponibilizamos o nosso APP de cashback, onde o morador e colaborador pode trocar por benefícios de lojas parceiras.

O TIME VALORA: ÁREA DE LOGÍSTICA REVERSA

A equipe Valora cedeu entrevistas em parceria com o Eco Bagagens junto do Rogerio Naressi e seu time e decidimos compartilhar por aqui com vocês também! Essa entrevista foi cedida pela Carolina Basilio do setor de Logística Reversa da Valora!

ENTREVISTA ÁREA DE LOGÍSTICA REVERSA

Rogério: Poderia falar um pouco sobre você e como é sua atuação na Valora?

Carolina Basílio: Olá Rogério, me chamo Carolina Basilio, sou gestora ambiental por formação e hoje atuo na área de Novos Negócios e Parcerias na Valora, principalmente no que se diz respeito ao crédito de logística reversa e gestão de recicláveis em grandes geradores. Aqui, podemos contribuir com o crescimento socioambiental não só de São Paulo, mas de outros estados do país.

Rogério: Carolina, você mencionou que trabalha com o crédito de logística reversa, mas, o que é isso?

Carolina Basílio:  Boa pergunta, e para que eu explique o que é o crédito de logística reversa, preciso falar um pouco sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos, onde ele está inserido. A PNRS foi promulgada em 2010, trazendo um conjunto de ações que devem ser realizadas para promover um melhor desenvolvimento socioeconômico no que diz respeito aos resíduos sólidos no país, ainda que cada estado possua suas próprias diretrizes acerca dos resíduos.

E uma das diretrizes  que constam na PNRS é a da Logística Reversa, em que fabricantes de produtos possuem a responsabilidade de dar uma destinação adequada a pelo menos 22% das embalagens no pós-consumo. Dentro desse escopo, uma das opções que existem para facilitar a logística reversa das embalagens para o fabricante é a adoção do “sistema de compensação” ou “impacto positivo das embalagens”, conhecido como crédito de logística reversa.

Todos os recicláveis que são vendidos geram notas fiscais e estas são o lastro do crédito. Isto é, o peso equivalente declarado em nota, em toneladas, corresponde a quantidade de créditos disponíveis para comercialização, de acordo com a classificação do material (plástico, papel, metal e vidro)

Existem várias soluções no mercado, a Valora utiliza a Central de Custódia que foi a única forma que encontramos para garantir a unicidade da massa compensada, a colidência entre as notas fiscais e, portanto, certificarmos que estamos promovendo a adicionalidade/novos fluxos de materiais recicláveis ingressando na cadeia. 

Outro diferencial, além de assegurar a adicionalidade, é que sempre repassamos 100% do valor do crédito para as nossas cooperativas parceiras, não impactando na renda delas.

Rogério: Apenas grandes empresas devem compensar seus resíduos?

Carolina Basílio: Qualquer empresa que gere resíduo no pós consumo pode e deve realizar esse tipo de impacto positivo, desde que esses não sejam resíduos considerados perigosos, como infectantes, perfurocortantes, inflamáveis, entre outros. Esse tipo de material possui um descarte adequado de acordo com sua classificação. 

Rogério: Você também havia mencionado os grandes geradores, quem são eles?

Carolina Basílio: Aqui em São Paulo, todos aqueles que produzam mais de 200 litros de resíduo por dia são considerados grandes geradores, posso dar como exemplo lojas de departamento, lojas de vestuário, supermercados, hortifrutis, e outros comércios.. 

Para cumprir com a legislação  é necessário contratar uma empresa particular que faça a coleta e a destinação de todo o resíduo, uma vez que ultrapassados os 200 l, a coleta já não é mais de responsabilidade pública.

O que vemos no mercado é que, por contratar uma coleta única, a reciclagem acaba não sendo promovida, já que todos os resíduos acabam sendo misturados e enviados a aterros. Outro ponto é que, normalmente, o modelo de tarifa é baseado no volume. Sendo assim, a Valora trouxe uma solução que, ajuda o cliente a ser mais sustentável, dá mais transparência e potencialmente mais vantajosa financeiramente, de menor preço, uma vez que cobramos pelo peso efetivamente coletado e destinado !

Rogério: Obrigado Carolina!

O TIME VALORA: EM QUE PÉ ESTAMOS?

Essa semana foi de gravação por aqui! A equipe Valora cedeu entrevistas em parceria com o Eco Bagagens junto do Rogerio Naressi e seu time e decidimos compartilhar por aqui com vocês também! Essa foi a entrevista que o sócio fundador Flávio Salsoni cedeu contando um pouco sobre em que pé a Valora se encontra!

 

ENTREVISTA VALORA: “EM QUE PÉ ESTAMOS?”

 Rogério: Poderia falar em qual estágio está a Valora ?

Flávio Salsoni: Estamos numa fase de investimentos: Caminhão, Galpão MVP, equipe, treinamentos e tecnologia (blockchain usado no Valora Coin, nossa moeda verde). Também diversificamos nosso portifólio: Consolidamos nossos contratos de PA e criamos novos serviços como o PA para Grandes Geradores, o ValoraCoin e Operador Logístico, (aparas, garrafas e cápsulas de café).

 Rogério: Como vocês veem esse mercado de ESG ?

Flávio Salsoni: Há muitas oportunidades e empresas engajadas  com necessidades claras, como o atendimento a PNRS, lei da logística reversa, empresas  que assumiram metas ESG, como redução de emissão de GEE, CO2, consumo de água, energia, redução de embalagens. Em todas essas frentes a Valora atua. Dizemos que “ajudamos as empresas e as pessoas a cumprirem metas”. Se você tem uma meta ESG, a Valora consegue te ajudar através da valorização dos resíduos recicláveis.

Rogério: Como é inovar em um mercado tão informal.

Flávio Salsoni: O primeiro ponto foi estudar, analisar e mudar algumas coisas que não fazem sentido no Brasil. Por exemplo, a questão das típicas lixeiras separadas por cor/material (vidro, metal, plástico etc). Como tudo segue no mesmo caminhão misturado, não faz sentido separar esses materiais. Por exemplo, em nossos treinamentos e abordagens, simplificamos isso para atrair o engajamento das pessoas. Por exemplo, para as equipes de limpeza orientamos que se o lixo está pesado e com mal cheiro ele deve estar contaminado com material orgânico e deve ser descartado como Não reciclável. Para os moradores orientamos que se está limpo pode ser reciclável e se está sujo é Não reciclável.São dicas simples para iniciar e trazer as pessoas para um melhor descarte e minimizando o rejeito que normalmente segue para os aterros ou lixões.

Outro ponto que fomentamos é a migração de catadores para as cooperativas. Só essa movimentação triplicamos o rendimento mensal do catador.

E é claro a inovação tecnológica que chamamos de Valora Coin. Uma moeda verde. Empresas ou pessoas físicas que desejam impactar positivamente compram essa moeda e nós retiramos resíduos recicláveis de pontos (condomínios ou grande geradores) que hoje enviam os resíduos para os aterros (via serviço de coleta da prefeitura). Entregamos um token digital como as informações de data, hora, local de onde e para onde foram destinados os resíduos. As empresas usam isso em seus relatórios de sustentabilidade.

Minha mensagem final é que “Para que as mudanças aconteçam tem que investir !”.

O TIME VALORA: ÁREA COMERCIAL

Essa semana foi de gravação por aqui! A equipe Valora cedeu entrevistas em parceria com o Eco Bagagens junto do Rogerio Naressi e seu time e decidimos compartilhar por aqui com vocês também! A entrevista a seguir foi realizada com a Marcela Evangelista, do nosso time comercial. Para ver o programa na íntegra acesse nosso Instagram e fique por dentro das novidades!

ENTREVISTA COMERCIAL

Rogério: Bom dia Marcela, muito se discute sobre a dificuldade de implementar projetos de economia circular, como a Valora vê esta questão?

Marcela: Olá Rogério, muito obrigada! A questão da economia circular é um desafio e uma oportunidade para todas as empresas, pois ela pressupõe o retorno dos materiais de volta ao ciclo de produção. Nós atuamos diretamente neste ponto, como operador logístico em projetos de sustentabilidade voltados para gestão de resíduos recicláveis.

Rogério: Muito bom, pode me explicar melhor como a Valora tem trabalhado nesse contexto?

Marcela: A Valora atua basicamente  em 3 pilares de promoção da sustentabilidade e da economia circular: um viés que auxilia empresas e grandes geradores, como condomínios, a realizar a coleta seletiva corretamente através de um Plano de Assinatura. Um viés que promove a LR e divulga a sustentabilidade por meio do Selo Valora e um terceiro que busca o que chamamos de adicionalidade de massa, por meio da Valora Coin, a nossa moeda digital da sustentabilidade.

Rogério: Muito legal. O que é a Valora Coin?

Marcela: A Valora Coin é o que chamamos de um ativo digital. De maneira simples, é um registro em BlockChain de todo o processo de coleta e destinação dos resíduos recicláveis coletados pela Valora, onde registramos ponto de coleta, peso, data e hora de coleta e para qual cooperativa foi destinado. Com isso nos damos total visibilidade e transparência para empresas e pessoas sobre o impacto positivo que estão realizando. Esta é uma forma segura e auditável de se registrar todo o processo. Este tipo de projeto pode ser um investimento para empresas interessadas em cumprir metas ESG e projetos sustentáveis; por exemplo.

Rogério: Como as empresas ou pessoas fazem a aquisição deste Valora Coin?

Marcela:  Qualquer pessoa ou empresa que queira realizar um impacto positivo ou compensar sua atividade poderá adquirir o Valora Coin que está relacionado a massa de resíduos recicláveis que a Valora irá coletar. Vou te dar um exemplo… Hoje temos diversas empresas de bens de consumo e de embalagens preocupadas em cumprir com as práticas ESG, por exemplo com projetos para redução de plástico na natureza. Nós podemos ajudar empresas que buscam essa compensação por meio da Valora Coin. Nesse caso primeiro definimos qual o impacto que a empresa precisa cumprir, por exemplo recuperar 10 toneladas de embalagens plásticas. Em seguida definimos pontos de coleta que atualmente estão enviando os resíduos recicláveis para aterros sanitários em busca dessas 10 toneladas de material (impacto desejado). E por fim, atuamos como operadores logísticos com uma frota elétrica, coletando esse material na ponta da cadeia de consumo (em condomínios e GG) e destinando ele corretamente para a reciclagem.  O bacana é que também integramos a tecnologia nas nossas operações desenvolvendo um sistema na nuvem que otimiza as rotas feitas pelos nosso caminhão e que coleta dados como: peso, origem, data e destino final do resíduo coletado. Registramos esses dados no blockchain criando um token digital, que é a Valora Coin. É ela que comprova e assegura todo caminho que o resíduo percorreu e valida o processo garantindo que o impacto ambiental equivalente seja compensado.

Um segundo exemplo:  Imagina uma pessoa que mora em uma residência em um bairro onde não há coleta seletiva. Essa pessoa também não possui pontos próximos de descarte de recicláveis e não possui hoje uma forma de descartar seus resíduos de forma correta.  Uma alternativa para esse problemas seria comprando Valora Coins.  A Valora irá coletar e destinar os resíduos recicláveis que atualmente estão indo para o aterro, em uma outra cidade ou bairro, e destinar estes resíduos de forma correta. No final, a pessoa terá compensado a sua ação da mesma forma como se tivesse descartando os resíduos de forma adequada. É um conceito muito similar ao já realizado no setor de energia. O consumidor ou empresa em São Paulo compra energia solar sendo gerada no Piauí, por exemplo.

Rogério: Excelente, quero compensar meu resíduo!

Fiquem ligados que em breve postaremos mais entrevistas com outras pessoas do time Valora!