BIOPLÁSTICOS NÃO SÃO A SOLUÇÃO, DIZEM PESQUISADORES

Embalagens fabricadas com matérias-primas naturais, renováveis e compostáveis parecem ser uma boa ideia e cada vez mais produtos embalados nos chamados bioplásticos podem ser encontrados nas prateleiras.

Mas será que eles são realmente mais ecológicos do que os plásticos derivados do petróleo e podem ser parte da solução da crise do lixo plástico no mundo?

Segundo pesquisadores e especialistas da Alemanha, a resposta é não. Eles não são nada sustentáveis, nem são uma boa opção para a o problema do lixo plástico.

Em princípio, a produção e descarte do bioplástico libera menos CO2 do que o plástico convencional, explica a Agência Federal do Meio Ambiente alemã.

Mas a verdade é que nem tudo que se auto-define orgânico é de fato orgânico e além disso, ainda não existe um padrão instituído e exato do que é e do que não é bioplástico.

Por exemplo, são chamados popularmente de bioplásticos aqueles feitos de matérias-primas renováveis, como milho, batata ou cana-de-açúcar. Isso significa que sua base de fabricação é exclusivamente biológica.

No entanto, a matéria orgânica utilizada nesses processos de fabricação não precisa necessariamente vir de um sistema de cultivo orgânico e ecologicamente correto.

Isso sem contar que os plásticos feitos de matérias-primas fósseis, como o petróleo bruto, se forem biodegradáveis, também são orgânicos.

“Portanto, o rótulo é absolutamente enganoso”, diz Janine Korduan, porta-voz da Federação para o Meio Ambiente e Conservação da Natureza da Alemanha (BUND).

Ainda de acordo com Janine, o baixo equilíbrio e o alto impacto ambiental desses materiais têm várias razões.

A primeira delas é clássica. Por serem feitos principalmente para produtos descartáveis, são itens de uso único que acabam rapidamente nas lixeiras.

E sua decomposição, apesar de impactar menos o meio ambiente, não gera nenhum benefício para o ecossistema onde foi descartado, muito pelo contrário.

Os bioplásticos só se decompõem em condições muito especiais, que não são necessariamente dadas na natureza. Nos oceanos, por exemplo, muitos desses materiais podem não se decompor.

Mesmo os bioplásticos compostáveis geralmente não podem simplesmente serem colocados na composteira da sua casa ou do seu apartamento. Eles precisam ser compostados em instalações especiais.

Além disso, as matérias-primas para sua fabricação vêm, principalmente, da agricultura industrial e cultivá-las requer muita água, fertilizantes e pesticidas.

Outro fator problemático, apontam os especialistas, é que áreas utilizadas na produção de alimentos terão que ser substituídas por áreas para a fabricação de bioplástico.

“Os plásticos de base biológica estão longe de serem mais ecológicos do que os plásticos convencionais”, avalia Gerhard Kotschik, especialista em embalagens da Agência Ambiental Federal da Alemanha.

Em resumo, para as organizações ambientais e para o governo alemão, a única solução viável para a crise é: o mínimo de plástico possível, não importa o tipo, e o máximo possível de plástico reutilizável.

 

Fonte: ReciclaSampa

FATOS E ESTATÍSTICAS SOBRE RECICLAGEM DE GARRAFA PET

O Recicla Sampa reuniu alguns fatos e estatísticas para você ficar por dentro dos detalhes da reciclagem de garrafa pet:

  • A garrafa PET é fabricada com um polímero plástico derivado do petróleo chamado Polietileno Tereftalato.
  • A matéria-prima foi descoberta e patenteada no começo dos anos 1940, na Inglaterra, pela Calico Printer’s Association.
  • Até os anos 1980, o PET foi utilizado exclusivamente na produção têxtil de multinacionais e de empresas brasileiras.
  • No início da década de 1990, os EUA autorizaram a fabricação de embalagens alimentícias com PET e impulsionaram a produção do material no mundo.
  • Em 1993, o PET começou a ser utilizado para engarrafar bebidas e rapidamente substituiu as embalagens de vidro retornáveis, sustentáveis e perfeitamente inseridas no contexto da economia circular.

Impacto ambiental da garrafa pet

Essa substituição do vidro por PET foi um verdadeiro desastre para o meio ambiente.

Hoje em dia, garrafas plásticas são os resíduos plásticos mais encontrado nos mares do planeta e representam 14% de todo o lixo descartado nos oceanos.

Pesquisadores falam em no mínimo 100 anos e algumas estimativas apontam para 800 anos até sua decomposição total na natureza.

Reciclagem com garrafa pet

O PET é um material reciclável e pode ser refundido e moldado várias vezes. É possível fabricar novas garrafas e também outros itens com o PET reciclado.

De acordo com o último Censo da Reciclagem do PET no Brasil, reciclamos 55% das embalagens PET descartadas pela população em 2019.

São aproximadamente 311 mil toneladas, 12% acima do que foi registrado em 2018. É um mercado de R$ 3,6 bilhões e corresponde a 36% do faturamento total do setor no país.

Apesar da reciclabilidade relativamente alta, ela ainda é insuficiente. Portanto, o ideal é evitar o consumo de PET e de qualquer outro derivado do petróleo.

Em 2022, o quilo de PET passou o preço médio de R$ 4 e se aproximou do valor do alumínio, campeão brasileiro da reciclagem.

Fonte: ReciclaSampa

Um em cada quatro municípios brasileiros sofre com falta de coleta seletiva

Em grande parte das cidades com esse processo – 74% dos municípios do país –, ele é feito de forma limitada, sem abranger todo o território, aponta associação

Uma em cada quatro cidades brasileiras não possui coleta seletiva. Ao todo, são 1.425 municípios. Os dados são de pesquisa recente da Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais).

O cenário de atraso, descrito pelo diretor-presidente da associação, Carlos Silva Filho, pode ser ainda pior do que as estatísticas indicam, uma vez que o processo é incipiente em grande parte dos 74% municípios restantes.

“Precisamos levar em consideração que, mesmo nos municípios que possuem [coleta seletiva], ela não abrange a totalidade do território. Essa parte no Brasil é ineficiente”, afirma Silva Filho.

Com mais de 2.600 lixões a céu aberto, explica Telines Basílio, gestor ambiental e presidente da Coopercaps, cooperativa de coleta seletiva de São Paulo (SP), a falta de incentivo prejudica não somente o meio ambiente, mas também a criação de empregos nas indústrias de reciclagem. “Por isso, a coleta seletiva na maioria dos nossos municípios ainda é mínima”, diz Basílio.

Silva Filho também endossa que a coleta seletiva seria um importante passo para solucionar a existência dos lixões, outro problema grave.

“Eles recebem um volume enorme, 30 milhões de toneladas por ano, e entre esse volume temos os recicláveis. Se tivéssemos coleta seletiva eficiente, não só avançaríamos na reciclagem, teríamos um ingresso de recursos na economia e minimizaríamos o impacto dos lixões”, destaca.

Perda econômica e ‘triplo benefício’

Outro levantamento da Abrelpe, de 2019, mostra a perda econômica gerada pelos resíduos recicláveis que vão para os 2.655 lixões existentes no país. Anualmente, segundo a associação, são R$ 14 bilhões desperdiçados.

Dados o contexto de crise econômica e dos trabalhadores que atuam com a coleta de lixo, avanços na reciclagem significariam emprego para camadas em situação de vulnerabilidade, sobretudo, nos últimos anos.

“A reciclagem tem esse potencial de um triplo benefício: ambiental, pois reduz o descarte inadequado e minimiza a extração de recursos; girar a economia com novos recursos; e, por fim, fazer a inclusão social desses trabalhadores”, diz Silva Filho.

Segundo a Abrelpe, são mais de 334 mil empregos gerados pelo setor de limpeza urbana e manejo de resíduos no país: 143.146 no Sudeste, 98.035 no Nordeste, 40.896 no Sul, 27.915 no Centro-Oeste e 24.587 no Norte.

Trata-se, portanto, segundo Silva Filho, de uma pauta sustentável, “para que possamos avançar em relação ao meio ambiente e a um benefício de emprego e renda à população”.

Nesse propósito, as cooperativas realizam um importante trabalho de inserção social da população no mercado de trabalho, diz Telines Basílio, que destaca que o cenário se acentuou na pandemia.

“Trabalhadores perderam seus empregos, e foi através daquilo que as pessoas chamam de ‘lixo’ que milhares de pessoas passaram a ter uma fonte de renda. O ‘S’ de social é a missão das cooperativas, principalmente das cooperativas de trabalho e produção, onde os catadores são reinseridos ao mercado de trabalho”, destaca o gestor ambiental.

Essa relação, prossegue ele, é feita pelas cooperativas, “inserindo egressos do sistema prisional, populações da comunidade LGBTQIAP+, refugiados, idosos e, principalmente, as mulheres”.

Resíduos reciclados no país

A pesquisa da Abrelpe joga luz sobre outro importante cenário dos resíduos no país: apenas 4% são reciclados. O número é quatro vezes maior em países economicamente similares ao Brasil, como Argentina, África do Sul e Chile, e chega a 67% na Alemanha, por exemplo.

O problema tem várias fontes, segundo Carlos Silva Filho. Essas falhas estruturais, aponta, constroem o cenário de atraso ao qual ele se refere.

Em primeiro lugar, cita o presidente da Abrelpe, a dimensão territorial do Brasil dificulta a logística do processo de retorno do material. O custo pela tributação é outra adversidade: “O país não tem previsão tributária que priorize a utilização do resíduo como recurso. Existe, em muitos casos, uma bitributação, e o recurso sai mais caro que a matéria-prima”.

Por fim, a falta de integração entre as esferas do poder público termina por atrapalhar qualquer avanço nesse sentido.

“As ações são pontuais e individualizadas, e não há uma integração para criar uma economia de escala, um potencial de negócios”, diz o presidente da Abrelpe.

Silva Filho afirma, ainda, que o país vive um processo de aumento da geração de recicláveis, que deve seguir pelos próximos anos. “Por isso, precisamos girar esse quadro”, diz.

Os dados de comparação com outros países são contestados por Telines Basílio. Segundo ele, os números são oficiais, portanto, consideram somente as empresas de coleta de resíduos das prefeituras, sem incluir o trabalho dos catadores. “Falta inserir os números não oficiais. Se fizer isso, com certeza esses números irão aumentar e muito”, afirma o gestor ambiental.

Segundo o presidente da Abrelpe, de acordo com fontes distintas, o índice de reciclagem gira entre 3% e 4%. “Desconheço alguma base de dados referenciada que tenha chegado a um índice diferente”, completa.

Fonte: R7

6 dicas para separar o vidro para reciclagem

A separação correta do vidro e outros resíduos é uma etapa simples, mas muito importante para toda a cadeia de reciclagem – veja as dicas!

Muita gente ainda tem dúvidas sobre a separação correta dos recicláveis, entre eles o vidro. Para ajudar a responder estas perguntas a Verallia, fabricante de embalagens de vidro para alimentos e bebidas, e a MassFix, prestadora de serviços de coleta, separação e processamento de cacos de vidros, esclarecem as dúvidas mais comuns que surgem na hora de separar o vidro para reciclagem.

“Com a iniciativa, queremos compartilhar informações e criar uma grande rede nacional de coleta responsável de vidro, para incentivar o usuário a incluir na lista pontos existentes em sua cidade. Assim, cada vez mais e mais consumidores poderão promover o descarte responsável de suas embalagens de vidro”, enfatiza Catarina Peres, supervisora de marketing da Verallia.

Confira as perguntas e respostas abaixo!

Posso colocar o vidro no mesmo saco dos outros tipos de recicláveis?

Como não existe coleta exclusiva para o vidro, o recomendado é colocar todos os vidros num único saco, separado dos outros materiais recicláveis. No caso de vidros quebrados, devemos embrulhá-los em uma caixa de papelão ou em um papel mais grosso, como jornal e revista. Desse modo, diminuímos o risco de ferir os catadores da coleta seletiva e a perda de cacos de vidro para reciclagem.

Devemos separar os vidros por cor na hora de reciclar?

Não é necessário separar em sua residência/comércio os vidros por cor.

É necessário tirar os rótulos dos vidros antes de destinar para a reciclagem?

Não é necessário remover os rótulos dos vidros em casa antes de separá-los para a reciclagem. As cooperativas e empresas contam com processos eficientes para essa remoção. É recomendável apenas separar as tampas da embalagem, pois são de outros materiais, como metal e plástico. Essas tampas devem ser destinadas para reciclagem juntamente aos outros materiais.

Podemos separar as embalagens de vidros de remédios para reciclagem?

Primeiramente, é importante saber que cada medicamento tem dois tipos de embalagem: a que fica em contato direto com o remédio, chamada de primária; e a embalagem que não fica em contato com a medicação, chamada de secundária.

As embalagens de remédio primárias não podem ser descartadas no lixo comum nem destinadas à reciclagem comum, pois contêm resíduos de substâncias químicas que podem contaminar o meio ambiente. Esse é o caso das embalagens de remédios de vidro.

Desse modo, as embalagens de vidro de remédios e de outros produtos químicos devem ser descartadas em pontos de coleta em farmácias e Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Caso não encontre nenhum posto de coleta próximo, procure a Vigilância Sanitária do seu município.

No caso das embalagens secundárias, como as caixas de papel e as bulas dos remédios, podem ser destinadas para a reciclagem comum.

Podemos juntar porcelanas, louças, cerâmicas e similares com o vidro para reciclagem?

Nunca misture porcelanas, louças, cerâmicas e similares com o vidro, já que esses materiais são os piores contaminantes ao vidro, pois não derretem, geram perdas de cacos e prejudicam a reciclagem. Estes tipos de materiais não devem ser incluídos nos recicláveis comuns.

Nestes casos, procure por postos de coleta próximos que reciclam porcelanas, louças, cerâmicas e similares. Se não localizar pontos próximos, estes materiais devem ser encaminhados aos aterros comuns.

Porcelanas, louças, cerâmicas e similares devem ter o mesmo cuidado recomendado no descarte de embalagens de vidro quebradas. Ou seja, estes materiais devem ser embrulhados em jornal, revista ou papelão e colocados numa sacola a parte do lixo comum, para evitar quebras e acidentes com os coletores.

Como descarto lâmpadas, tubos de TV e outros eletroeletrônicos com vidro?

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) exige que os fabricantes e revendedores de eletroeletrônicos recebam seus antigos aparelhos de volta para serem encaminhados para recicladoras específicas que trabalham com esse tipo de material.

Antes de tudo, a dica é verificar no site do fabricante onde descartar os produtos da marca. Como exemplo, temos o descarte de celulares, em que as operadoras de telefonia e as fabricantes recebem os celulares em suas lojas para fazer o descarte adequado. Há ainda cooperativas especializadas em reciclagem de eletroeletrônicos.

Fonte: CicloVivo

Geração de resíduos no mundo deve chegar a 3,4 bilhões de toneladas por ano até 2050

Em comparação a 2016, descarte deve aumentar em 70%, segundo pesquisa da International Solid Waste Association; Brasil é o maior produtor de lixo da América Latina e Caribe.

Um estudo da International Solid Waste Association (ISWA), uma organização sem fins lucrativos que reúne profissionais do setor de resíduos sólidos, prevê que a geração mundial de lixo chegará a 3,4 bilhões de toneladas, por ano, até 2050.

Em 2016, eram cerca de 2 bilhões de toneladas/ano produzidas. Ou seja, pode haver um aumento de 70% nos descartes.

A pesquisa mostra que o Brasil é o maior produtor de resíduos urbanos da América Latina e Caribe, representando cerca de 40% do que é jogado fora. Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), a estimativa é que a geração anual no país alcançará 100 milhões de toneladas/ano em 2030.

Plano de Combate ao Lixo no Mar retira 400 toneladas de lixo em praias, rios e mangues

“A gente tem dois fatores importantes nesse resultado. O primeiro é o volume populacional do Brasil. O segundo é que cada brasileiro gera, em média, um quilo de resíduo por dia. E esse número vem crescendo”, explica o presidente da ISWA e da Abrelpe, Carlos Silva Filho.

Segundo a Abrelpe, na lista dos principais resíduos no Brasil, o primeiro lugar é dos orgânicos. Eles representam cerca de 45% de tudo que é produzido no país. Em seguida vêm os plásticos, que são cerca de 17%.

Diante da perspectiva da ampliação de lixo no mundo, um dos principais pontos destacados pela pesquisa é a gestão dos materiais após o descarte.

No Brasil, a cobertura de coleta abrange 92,2% dos resíduos, o que significa que 6,4 milhões de toneladas, por ano, sequer são retiradas dos pontos de geração. Esse volume poderia encher três mil piscinas olímpicas.

“Cerca de 40% de tudo que é coletado no Brasil vai para lixão a céu aberto, que é um sistema medieval de descarte”, pontuou Silva Filho.

Segundo o estudo, cerca de 30 milhões de toneladas de resíduos são despejados em lixões clandestinos por ano, no Brasil. Esse volume daria para encher 765 estádios do Maracanã e afetam a saúde de 77,5 milhões de pessoas.

Em abril deste ano, o Governo Federal editou o decreto que regulamenta o Plano Nacional de Resíduos Sólidos. O projeto define metas, diretrizes, programas e ações para atingir objetivos em até 20 anos.

Com a medida, fica estabelecido um prazo de dois anos para acabar com os lixões e aterros controlados em todo o país. São cerca de três mil unidades desse tipo existentes. Outra meta é reciclar ou recuperar 48,1% dos resíduos sólidos urbanos. Atualmente, apenas cerca de 2% são reaproveitados. O documento deve ser atualizado a cada quatro anos.

Fonte: CNN Brasil 

No país, 30% das embalagens não podem ser recicladas

Brasil produz cerca de 80 milhões de toneladas de lixo por ano, afirma especialista.

Apesar da necessidade de o Brasil reduzir os resíduos sólidos e avançar na economia circular (aquela que não é linear, ou seja, que propõe uma sobrevida para resíduos da produção), 30% das embalagens no mercado no país não podem ser recicladas, como plásticos metalizados.

A não reciclagem faz o lixo ser descartado, com demora na decomposição e os efeitos químicos e biológicos no ecossistema.

Um dos principais pontos quando falamos da transição para uma economia circular é a necessidade de um trabalho conjunto entre toda a cadeia de valor: administradores públicos, gestores de resíduos, instituições, indústria e consumidores — afirma Beatriz Luz, CEO da Exchange 4 Change Brasil organização que promove, por meio da criação e adaptação de soluções globais à realidade brasileira, o desenvolvimento sustentável.

Segundo Beatriz, essa é uma tendência global dos ecossistemas de impacto, os novos formatos de governança e colaboração para elaborar projetos em escala e garantir a cadeia reversa dos materiais.

— A economia circular deve ser parte de uma agenda estratégica nacional para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e contribuir com uma economia de baixo carbono — afirma.

A cada ano, o Brasil produz cerca de 80 milhões de toneladas de lixo. Um terço desse volume vai parar nos lixões a céu aberto ou nos aterros sanitários espalhados pelo país. Do total, cerca de 90% dos resíduos descartados inadequadamente poderiam ser reaproveitados. Porém, por falta de políticas públicas e coleta seletiva, o país reutiliza menos de 4% desse total, segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

Além de prejudicar o meio ambiente, perde-se oportunidades de emprego e renda com a falta de reciclagem. A transição para a economia circular representa uma oportunidade de crescimento global de US$ 4,5 trilhões até 2030, de acordo com dados da Abrelpe.

Fonte: Um só Planeta

O lixo e a reciclagem: fonte de geração de emprego, renda e preservação ambiental

Das 82,5 milhões de toneladas de lixo produzidas ao ano no país, 96,1 milhões foram coletadas e só 1,28% foi recicladas.

Em todo o planeta, são produzidos cerca de 2 bilhões de toneladas de lixo, com um crescimento que tende ao infinito. Para se ter uma ideia, nos últimos 30 anos, este volume aumentou três vezes mais que o populacional, o que gera um alto custo social, ambiental e financeiro. A maior parte deste lixo é descartada em aterros, o que resulta no desperdício sem volta de 1 metro quadrado de terreno para cada 10 toneladas de lixo aterrado.

No Brasil, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei 12305/2010, após 20 anos de tramitação estabeleceu metas como o fim da disposição de resíduos em lixões até o ano de 2014, postergado e escalonado pela Lei do Saneamento Básico com fim do prazo em 2021 para capitais e regiões metropolitanas e 2024 para cidades com população inferior a 50 mil habitantes.

Da geração de 82,5 milhões de toneladas ao ano no país, apenas 96,1 milhões foram coletadas (e apenas 1,28% foi reciclado). Assim, 6,4 milhões de resíduos sequer foram retirados dos pontos de geração. O país também é o quarto maior produtor de lixo plástico no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, China e Índia, o que corresponde a 17% do volume total de resíduos.

Em 2020, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública (Abrelpe), este volume descartado aumentou 15% em relação ao ano anterior: com um total de 13,3 milhões de toneladas. A WWF Brasil publicou que em 2019, das 11,3 milhões de toneladas de plástico geradas, apenas 145 mil foram recicladas em território nacional, 1,3%, muito abaixo da média global de 9%.

Com o Environmental, Social, Governance (ESG) em alta no mundo dos negócios, as companhias preocupam-se com a gestão de resíduos e economia circular, por influírem na imagem das empresas e consequentemente no valor das suas ações. Assim, atender à PNRS é um dos principais requisitos para cuidar da reputação e fazer as ações subirem.

A fim de facilitar a gestão dos resíduos sólidos com o fim precípuo de gerar cifras com o negócio do lixo, o governo federal instituiu como meta, a ampliação da taxa de reciclagem de cerca de 2% para 48% em 18 anos dentro do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Planares), elaborado desde 2019, ao prever reciclagem, compostagem, biodigestão e recuperação energética e incentivo a incineração de parte do lixo não reciclável (o que vem a contribuir com a liberação de gases de efeito estufa e colaborar com o aumento do aquecimento global).

Além disso, prevê a recuperação de 20% de recicláveis secos e 13,5% da fração orgânica o que obriga os municípios a coletar separadamente o resíduo seco e o orgânico (para realizar compostagem ou digestão anaeróbica, obter eletricidade dos mais de 60% do biogás gerado nos aterros sanitários e substrato fertilizante em escala piloto ou comercial. A meta é reciclar mais de 100 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos (RSU) por dia sem, contudo, integrar a este sistema o elemento que configura a sua real eficiência, o catador.

Entretanto foi elaborada como estratégia financeira, organizacional um certificado de reciclagem, com a transferência do custeio da gestão de resíduos municipais aos cidadãos como se já não fosse pago o IPTU.

Na semana comemorativa do Dia Internacional do Meio Ambiente, o jornal Extra publicou uma interessante matéria sobre o desenvolvimento desta temática no Estado do Rio de Janeiro onde está posto o prejuízo que a falta de reciclagem traz ao “enterrar”, literalmente, mais de R$ 1 bilhão por ano em material reciclável.

Segundo a matéria, os dados são do Mapeamento dos Fluxos de Recicláveis elaborado pela Firjan. Segundo o estudo, são 7,98 milhões de toneladas de resíduos sólidos anuais descartados, despejados em 20 aterros sanitários licenciados e cinco lixões a céu aberto existentes no estado. Só os lixões recebem cerca de 319 mil toneladas de resíduos sólidos que poderiam ser reciclados, quantidade hoje oito vezes maior do que a coleta seletiva arrecada. Este recurso, ao ser reaproveitado por meio da reciclagem, poderia somar-se às 39,9 mil toneladas efetivamente recicladas (cerca de 0,5% do total).

Inclusive, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) aponta que tudo o que é recebido pelos cinco lixões do Estado do Rio não passa por quase nenhum controle e proteção do ambiente do entorno e quatro deles estão situados próximos à divisa com Minas Gerais e Espírito Santo: Miracema, Porciúncula, Itaperuna e Bom Jesus do Itabapoana.

Além disto, a cidade de Teresópolis é a única fora do Noroeste Fluminense que não dispõe de uma gestão de seus resíduos, mais de 40 mil toneladas anuais, ao depositar matéria orgânica no denominado lixão do Fischer, juntamente com material reciclável, hospitalar e todo tipo de restos e de sucata, o que representa risco potencial de contaminação do solo, presença de animais invasores, vetores de doenças, e perigo para eventuais pessoas residentes ou trabalhadores locais, uma vez que a sua remediação pode levar anos devido ao severo impacto ambiental e a falta de recursos municipais direcionados à criação de aterros sanitários. Trata-se de obras caras que exigem gestão, apesar de configurarem um mal menor, como aconteceu em Duque de Caxias (Jardim Gramacho) e São Gonçalo (Itaoca).

Trabalhadores expostos que são à insalubridade e demais riscos como incêndios causados pelo gás metano decorrente da fermentação orgânica, além de não possuírem garantias trabalhistas conferidas às outras categorias profissionais. À exemplo desta situação, no lixão do Fischer, à beira da BR-116, trabalham mais de 100 pessoas todos os dias, em meio a centenas de urubus e cenas de horror, como o encontro de um bebê natimorto, em fevereiro deste ano, e a constante circulação de caminhões que se revezam ao depositarem o lixo, ou comprarem recicláveis dos trabalhadores de 7h a 17h, de segunda a sábado.

Há catadores que apesar das condições insalubres e o risco inerente à atividade, afirmam levantar por semana com a venda de recicláveis, de R$ 500,00 a mais de R$ 1500,00 nos melhores momentos, porém com a pandemia e o consequente crescimento do desemprego, menos recicláveis passaram a chegar no lixão, devido ao maior número de pessoas a catá-los pelas ruas. Além disto, afirmam que se houvesse a separação prévia dos resíduos e uma gestão adequada, seria possível reduzir o desperdício de materiais que devido à mistura, tornam-se inadequados à reciclagem e comercialização.

Os catadores submetem-se à insalubridade e riscos porque além da necessidade e falta de empregos, encontram objetos de valor agregado, como celulares, relógios, câmeras, brinquedos, videogames e mangás que reaproveitam ou vendem para colecionadores, porque “o rico não doa, prefere jogar fora”.

Outros exemplos mostram catadoras ainda jovens como Stefane Gomes da Silva, de 23 anos, há dois anos no lixão do Fischer que ganha, em média, R$ 260,00/dia, desde que perdeu o emprego de manicure e cabeleireira. Outra catadora é Vera Lúcia de Souza Costa que trabalha há seis anos com garrafa pet e latinha, e, às vezes, papelão, para poder comprar seus remédios para dor, apesar de sua condição precária de saúde, um problema de coluna com dez hérnias de disco.

O procurador do município conta que em 2019, foi realizada a cotação para o transbordo para um aterro sanitário, que custaria cerca de R$ 840 mil por mês, o que atualmente, com o aumento do diesel, deve estar bem maior. Por isso, o município busca no estado algum apoio para financiar essa operação, que é muito custosa para o nosso orçamento.

Em estudo realizado pela Firjan afirmou-se que a coleta seletiva de Nova Iguaçu, Nilópolis, Paracambi, Seropédica, Queimados, Japeri, Itaguaí e Mangaratiba somente abarca 0,05% do volume gerado nessas cidades. Nos municípios de Duque de Caxias, Belford Roxo, São João de Meriti, Magé e Guapimirim os resíduos aterrados que poderiam ser reciclados todo ano, somam mais de R$ 100 milhões.

Assim, os lixões recebem mais da metade dos resíduos gerados no Noroeste Fluminense, enquanto o Leste Fluminense despacha quase 500 mil toneladas de recicláveis para aterro. Já a cidade do Rio de Janeiro dispõe de gestão de resíduos mais estruturada, com a coleta direcionada para o aterro CTR Rio, em Seropédica, porém é bastante possível que os recursos possam vir a ser melhor aproveitados e haver uma maior geração de empregos a partir de um refinamento do processo.

Dos 92 municípios do estado do Rio, somente Búzios, Araruama, Comendador Levy Gasparian, Engenheiro Paulo de Frontin e Rio das Flores não forneceram dados sobre a gestão de resíduos referente a seis anos consecutivos do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), de 2015 até 2020. A prefeitura de Búzios argumenta que a falha se deve ao período de extrema instabilidade política, a qual prejudicou sobremaneira a continuidade da gestão ambiental municipal anterior.

Deste modo é sabido que a melhor solução para o problema é a separação na fonte geradora de orgânicos e coleta seletiva de recicláveis seguida da implantação de usinas de compostagem e de reciclagem completa, incluindo a separação e reciclagem de resíduos da construção civil com a implementação das etapas de fluxo adequadas com base em estudos gravimétricos e organização e treinamento da mão de obra de forma a contribuir.

O plano almejado com a efetivação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), busca o reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania para os trabalhadores que dele passam a extrair seu sustento e sua renda. Assim, ao menos na legislação, os catadores assumiriam papel central enquanto prioridade das políticas públicas no setor de reciclagem. Agora é preciso garantir que, por meio do acompanhamento e da participação da sociedade civil, essa legislação seja de fato cumprida.

Além disso, segundo a Firjan, a reutilização de recicláveis perdidos na cadeia produtiva industrial seria capaz de gerar R$ 4,56 bilhões de renda no estado do Rio — incluído aí o bilhão anual “enterrado” segundo a reportagem do jornal Extra. Soma-se à esta cifra, o recebimento de um repasse maior de ICMS, devido ao mecanismo tributário do governo do estado, o ICMS Ecológico, a partir da chegada de investimentos na destinação adequada dos resíduos.

Assim, a destinação correta dos resíduos sólidos gerados nos centros urbanos, contribuirá para agregar esforços aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU até 2030, com a significativa geração de emprego e renda, com a agregação de valor econômico oriundo da atividade e com a conservação e preservação das áreas naturais e ecossistemas que compõem o estado como rios mares, praias e florestas, ao evitar a chegada dos resíduos aos oceanos a partir das áreas verdes conectadas aos rios.

 

Fonte: Brasil de fato

MAIS DE 70% DOS BRASILEIROS NÃO SEPARAM O LIXO, REVELA PESQUISA

Mais de 70% dos brasileiros ainda não separam o lixo em comum e reciclável, é o que revela uma pesquisa do Ibope, em parceria com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Ainda de acordo com os dados divulgados no ano passado, 77% dos brasileiros sabem que boa parte dos plásticos, por exemplo, é lixo reciclável, mas a grande maioria ainda insiste em descartar esses resíduos de forma inadequada.

E mesmo que 73% das cidades do país já tenham iniciativas de coleta seletiva em sua prestação de serviços, uma pequena parcela do lixo reciclável é destinado de forma correta para a reciclagem nesses municípios.

“Muito dos materiais recicláveis são descartados junto com os que não são recicláveis e com isso há uma contaminação dos materiais bons”, explica a diretoria da Abrelpe para o portal Um Só Planeta.

Mas nem só de más notícias vive a reciclagem do lixo no Brasil!

No ano passado, segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas), batemos o nosso próprio recorde com o índice de reciclagem de latinhas chegando próximo dos 99%.

De um total de 33,4 bilhões de latinhas comercializadas no mercado brasileiro, 33 bilhões cumpriram o caminho da economia circular e foram recicladas, retornando às prateleiras.

Além disso, o Brasil já conta com 3,4 mil pontos de coleta de lixo eletrônico espalhados por todas as regiões do país, informa a Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos (Abree).

Ainda segundo a Abree, 21 centrais de logística reversa foram instaladas nas principais capitais e atendem cerca de 1,5 mil municípios. Mais de um milhão de quilos de equipamentos foram coletados em 2021.

NOVA LEI DA RECICLAGEM NO BRASIL

O Senado Federal aprovou em novembro de 2021 a proposta da Câmara dos Deputados que cria incentivos à indústria da reciclagem e a criação dos fundos de Apoio para Ações voltadas à Reciclagem (Favorecicle) e de Investimentos para Projetos de Reciclagem (ProRecicle).

O PL 6.545/2019 tem três eixos: incentivos fiscais à reciclagem do lixo a serem concedidos pela União a projetos da cadeia produtiva do setor, criação de um fundo para apoio à atividade e emissão de títulos para financiar projetos.

Para a Diretora de Relações Institucionais da Confederação Nacional das Indústrias, Mônica Messenberg, o Brasil pode se transformar nos próximos anos em uma potência mundial em economia circular.

Segundo a executiva, são muitas as nossas vantagens em relação aos demais países: abundância de recursos naturais e maior biodiversidade do mundo, indústria diversificada e amplo mercado consumidor, além de um corpo científico bastante qualificado.

Apostando nisso, a CNI incluiu a economia circular como um dos pilares da estratégia de baixo carbono do setor industrial brasileiro. Os outros pilares são a conservação florestal, a transição energética e a precificação de carbono.

“Para transformar as vantagens do país numa alavanca para o desenvolvimento sustentável, é preciso políticas públicas e um sistema de governança que impulsionem a economia circular. Tudo isso vinculado à estratégia de neutralidade de carbono”, opina Mônica.

Fonte: Recicla Sampa

Pesquisa da Abrelpe revela que 70% dos resíduos do mar brasileiro são plástico

Dificuldade na reciclagem e descarte incorreto agravam as condições dos oceanos.

Pesquisa da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) mostra que o plástico é responsável por 70% dos resíduos encontrados nos mares brasileiros. Segundo o estudo, realizado durante 2020, o isopor é o segundo resíduo mais presente, com participação de 10%. Os dados são do projeto Lixo Fora D’Água, da Abrelpe, iniciado em 2018.

De acordo com o levantamento, os resíduos coletados nas orlas das praias têm cerca de 10% de sua origem in loco, ou seja, nas próprias praias e o restante (90%), são provenientes de outras áreas urbanas. “Constatamos que os resíduos no mar são predominantemente itens de consumo domiciliar. E os fragmentos de plástico e isopor deteriorados, por exemplo, indicam origem distante da praia “, destaca o diretor presidente da Abrelpe, Carlos Silva Filho.

Segundo a pesquisa, em 2020 houve uma queda drástica da presença no mar de itens como bitucas de cigarro, canudos e copos descartáveis. Em contrapartida, itens como tampinhas e lacres de garrafas plásticas continuaram a ser encontrados com frequência. Outros materiais também chamaram atenção, como sacolas plásticas de comércios e supermercados, hastes flexíveis, garrafas PETs, isopor, calçados e até assentos de vaso sanitário.

O Brasil produz cerca de 100 mil toneladas de copos plásticos por ano. O plástico tem potencial para reciclagem, mas o seu mercado ainda é muito precário. Cada quilo do material pode ser vendido por até R$ 0,20 – são necessários mais de 400 copos de plástico descartáveis para somar apenas um quilo. Além disso, de todo o plástico que já foi produzido em todo o mundo, desde sua invenção ainda em 1950, apenas 9% foi realmente reciclado para entrar novamente no ciclo de produção.

Somado a isto, existem os materiais descartados de forma errada e são acumulados nos aterros sanitários. Um copo plástico descartável pode levar entre 250 a 400 anos para se decompor – e mesmo depois de todo esse tempo ainda pode continuar por aí, pois se transforma em micro plástico e continua na natureza. Isso porque o copo plástico descartável é produzido a partir do poliestireno, um componente derivado do petróleo, que é uma matéria-prima não renovável.

Estimativas de 2018 da Abrelpe mostram que são consumidos, no Brasil cerca de 720 milhões de copos descartáveis por dia, o que corresponde a 1,5 mil toneladas de resíduos diários. Boa parte do plástico, já que a reciclagem é falha, acaba sendo descartada nos oceanos. De acordo com dados da ONU, o plástico representa 80% do lixo nos mares, o que pode causar a morte de diversas espécies marítimas, que confundem os resíduos plásticos com alimentos e acabam ingerindo-os. Pesquisas apontam que em 2050 haverá mais plástico do que peixes nos oceanos.

Fonte: Agência Brasil/Dom Total

 

Por que Plástico?

De olho nas empresas que mais falam do que fazem, as chamadas greenwashing, sobre ações de sustentabilidade e reciclagem, recentemente e BBC Brasil lançou uma série de documentários “Why Plastic”, ou “Por que Plástico”, com três episódios que abordam diversos problemas causados pelo excesso de plástico que usamos atualmente em nosso dia a dia.

Além de revelar o surpreendente tamanho da poluição ambiental causada pelo plástico, a série analisa também possíveis problemas de saúde trazidos pelo uso intenso. Este episódio revela artifícios usados por empresas produtoras e consumidoras de plástico – elas burlam leis de reciclagem ao mesmo tempo em que mantêm uma imagem de consciência ambiental. O lixo plástico que devia ser reutilizado acaba sendo incinerado clandestinamente, produzindo gases tóxicos extremamente nocivos à saúde.

Confira “The Recycling Myth”, ou “O Mito da Reciclagem”. Para assistir a outros documentários, confira nossa playlist Documentário BBC: https://youtu.be/JbjlyC_r0Nw.

Vale a pena conferir e tirar suas próprias conclusões!!!

Fonte: BBC Brasil.