Por que investir em reciclagem? Especialistas respondem

Além dos benefícios ambientais e sociais, a reciclagem traz resultados financeiros e de aumento da competitividade.

A indústria do plástico vem fazendo sua parte para atender à crescente demanda da sociedade por sustentabilidade. Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), em 2020 os plásticos reciclados representaram 11,5% das resinas consumidas no país, sendo que o PET responde por 41% desta parcela.

Por que investir em reciclagem?

“A gente fala que a sustentabilidade tem três pilares: o econômico, o social e o ambiental. Basta tirar um desses que a sustentabilidade não fica em pé”, ilustra Miguel Bahiense, presidente da Plastivida, Instituto Socioambiental de Plásticos.

“Então, sem dúvida”, continua, “a reciclagem precisa ser olhada também como um negócio lucrativo. A gente precisa que cada vez mais a indústria se envolva com essa temática do ponto de vista deste pilar da sustentabilidade, que é o econômico”.

Segundo levantamento da Abiplast, estão em atividade 1.119 empresas do setor de reciclagem de material plástico no Brasil, responsáveis pela geração de 13.180 empregos. São os maiores números da série histórica iniciada em 2010.

Para Vinicius Saraceni, empreendedor social, fundador da Atina Educação e CEO do Movimento Circular, o mundo está caminhando para a economia circular, e o plástico é um agente muito relevante nessa cadeia. “Estar posicionado tanto com o produto cuja embalagem tem um alto índice de reciclabilidade, quanto em ter um produto que utilize mais resina pós-consumo é imperativo para se posicionar estrategicamente à frente dos competidores neste cenário”, aponta.

Seja no processo industrial (reaproveitamento de aparas), seja no pós-consumo (coleta e reciclagem dos produtos colocados no mercado), a questão da imagem da empresa é o grande ponto positivo para as indústrias que investem em reciclagem, segundo Alexandre de Castro, presidente do Instituto Brasileiro do PVC.

A história da Reciclagem no Brasil e no Mundo

Responsabilidade socioambiental

Para se ter uma ideia, cada tonelada de material reciclado produzido reduz em média 1,1 tonelada de resíduo plástico depositado em aterros e gera emprego para 3,16 catadores que recolhem esse volume de material no mês.

Considerando que em 2020 a produção física de resina pós-consumo foi de 884,4 mil toneladas, dá para calcular a dimensão do impacto positivo que a reciclagem de plástico traz para o meio ambiente e a sociedade.

“Não importa o formato que se dê, todo o material plástico ou não que eu separo e mando para uma cooperativa, seja ela com o apoio de governo ou de uma organização da própria sociedade, tem um lado social muito importante”, ressalta Miguel.

Ele acrescenta que o pilar ambiental é o “grande gol do processo”. “Tudo isso traz benefício ao meio ambiente, porque eu não vou ter mais mares e ruas poluídos nem praças sujas. Os benefícios ambientais são claros quando, em vez de destinar os resíduos para um aterro sanitário após sua vida útil, você dá uma nova vida a eles.”

Vinícius reforça que quando uma indústria compra resina pós-consumo, está apoiando a inclusão econômica e social de milhares de pessoas, e gerando renda para milhares de famílias.

“Conforme o produto, o plástico que você coloca na prateleira passa a ter valor econômico depois do consumo. Você está adicionando valor a este material, que passa a ser atrativo para as cooperativas de catadores e para todas as empresas que vão beneficiá-lo. Havendo um valor adicionado maior nas embalagens plásticas, a gente não vai mais vê-las escapando para a natureza quando o devido cuidado não é tomado no seu descarte.”

Centrais de Reciclagem RioMar completam 8 anos de atuação com ações em prol  do socioambiental -

Como começar a investir em reciclagem?

Esta distinção é importante para quem está pensando em aderir à reciclagem de plástico. Vinícius explica que uma indústria pode começar a fomentar a cadeia da reciclagem com sua própria linha, desenvolvendo produtos que tenham maior índice de reciclabilidade e que utilizem resina pós-consumo.

“Agora, caso você queira abrir um negócio vinculado à reciclagem, entenda que é um novo negócio. Ou seja, você vai comprar determinado plástico de uma cooperativa, por exemplo, e transformar esse plástico num novo material, numa nova resina pós-consumo. É uma decisão estratégica, e você não precisa tirar o foco do negócio do qual você já é expert.”

Consumo consciente

Miguel chama atenção que a questão do consumo consciente é tão importante quanto a da reciclagem, e que a indústria tem grande relevância no amadurecimento da discussão em torno do plástico de uso único.

“A gente precisa ter um entendimento para que todos os atores unam esforços no sentido de mostrar que o plástico é útil à sociedade, e que a sociedade cada vez mais consegue utilizar o plástico de forma adequada. A indústria, como catalisadora de todo o processo de circularidade, pode ser o espelho para que a gente perceba este movimento de promoção da reciclagem.”

Sua indústria já investe em reciclagem? Quais têm sido os benefícios mais visíveis?

CETESB participa de live sobre as iniciativas para desenvolver a gestão dos  resíduos sólidos urbanos no Estado | CETESB - Companhia Ambiental do Estado  de São Paulo

 

Fonte: Mundo do Plástico

Sustentabilidade: como ter uma vida sustentável e transformar o planeta?

Entenda qual a importância de adotar hábitos mais sustentáveis e como mudar seu estilo de vida.

Hoje em dia muito se fala sobre ter iniciativas mais responsáveis em relação ao meio ambiente, mas você já parou para pensar o que significa ser sustentável?

Basicamente, é possível definir uma vida pautada na sustentabilidade como um estilo que não prejudica o planeta e onde há uma busca constante para reduzir o uso de recursos naturais. Mas não para por aí. Esse conceito está diretamente atrelado ao de desenvolvimento sustentável, que é a procura por satisfazer as necessidades da geração atual sem comprometer a capacidade das gerações futuras conseguirem contentar suas próprias necessidades.

“O conceito de desenvolvimento sustentável surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento e deixa bem clara a importância de reconhecer que os recursos naturais são finitos. Sua exploração, somada à poluição da água, à contaminação do solo, ao desmatamento e tantos outros fatores, agrava os problemas ambientais que devem ser resolvidos por toda a sociedade e que são discutidos fortemente por tantos atores relevantes ao redor do mundo”, explica Marina Mancini, responsável pela área de Impacto do C6 Bank.

Ou seja, o significado de sustentabilidade não está atrelado apenas à questão ambiental. Ele se relaciona com pautas econômicas e sociais, já que está sempre em busca de criar uma harmonia entre esses três pilares para assim conseguir construir uma vida sustentável.

Pensando em explicar melhor este conceito tão amplo, a importância de ter a sustentabilidade como estilo de vida e muito mais, o C6 Bank preparou este texto. Nele, você encontrará as respostas para as seguintes questões:

  • O que é sustentabilidade?
  • Tipos de sustentabilidade
  • O que é ser sustentável?
  • Qual a importância da sustentabilidade?
  • Cenário da sustentabilidade no Brasil
  • Dicas para uma vida mais sustentável

Um ramo de alecrim para representar um estilo de vida pautado na sustentabilidade

O que é sustentabilidade?

A origem do termo sustentabilidade remete à palavra sustentável, que é derivada do latim sustentare e significa sustentar, defender, favorecer, apoiar, conservar ou cuidar. Além disso, este é um conceito que aborda a maneira como pessoas, empresas e organizações devem agir perante a natureza.

A base para o conceito de sustentabilidade ambiental surgiu em 1972, na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, conhecida como a Conferência de Estocolmo. Este evento ficou marcado como a primeira conferência para discutir o meio ambiente realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Nele, participaram 113 países e foram debatidas questões como:

  • A industrialização como causa da degradação da natureza;
  • Controle de natalidade;
  • Estagnação econômica.

A Declaração de Estocolmo com 26 princípios e ações propôs aos participantes a introdução de medidas para reduzir o impacto ambiental, como o compromisso dos Estados em assegurar que as organizações realizem um trabalho coordenado, eficaz e dinâmico na conservação do meio ambiente.

No mesmo ano, foi criado o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) pelas entidades da ONU, com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável e coordenar ações mundiais de proteção ao planeta.

Outro evento fundamental para a propagação e popularização do termo sustentabilidade foi a Eco 92, reunião de cúpula que o Rio de Janeiro sediou. Ela teve como objetivo minimizar os impactos ambientais através de um desenvolvimento justo e sustentável.

Tanto Estocolmo 72 e Rio 92 serviram de grande influência para introduzir a sustentabilidade no Brasil, a primeira das reuniões inspirando até mesmo a Constituição Federal de 1988. Nela, há uma seção para essa temática, já que o meio ambiente equilibrado foi considerado um direito fundamental reconhecido com caráter intergeracional e coletivo. Confira o artigo 225 que reforça isso:

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”

Após essa implementação, foi fundado em 1989 o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, ele tem como missão “proteger o meio ambiente, garantir a qualidade ambiental e assegurar a sustentabilidade no uso de recursos naturais, executando as ações de competência federal”.

Tipos de sustentabilidade

tripé da sustentabilidade é um conceito criado por John Elkington em seu artigo The Triple Bottom Line: What is It and How Does It Work? Ele é uma forma de mensurar o impacto das organizações dentro de seus três pilares: social, ambiental e financeiro. Vamos destrinchar cada um deles a seguir. Confira:

Dois prédios empresariais com árvores na varanda como uma iniciativa sustentável

Sustentabilidade social

Está diretamente relacionada à forma que uma empresa impacta todo o contexto no qual está inserida, seja ele interno (seus funcionários e colaboradores) ou externo (a comunidade ao seu redor e todos que são impactos por seus produtos e serviços).

Ou seja, este tipo de sustentabilidade traduz a ideia de que as organizações devem ser flexíveis, remunerar de forma justa seus funcionários, gerar inclusão e diversidade, além de fornecer bem-estar a toda comunidade ao seu redor através de ações para promover cultura e educação.

Sustentabilidade ambiental

Como seu próprio nome já pressupõe, diz respeito ao impacto de uma empresa no meio ambiente. Ou seja, é através deste pilar que são avaliadas ações sustentáveis de uma organização, como o descarte correto de matérias-primas e até mesmo o controle na emissão de poluentes.

O C6 Bank tem algumas iniciativas extremamente relevantes para minimizar seu impacto ambiental. São elas:

  • Incentivo à redução da pegada de carbono. Em 2021 o banco recebeu, pela segunda vez consecutiva, o selo de carbono neutro da Carbonext por compensar as emissões decorrentes de sua operação;
  • Valorização de boas práticas no uso de recursos naturais em prédios corporativos, como uma arquitetura que privilegia a iluminação natural e o uso de redutores de vazão para evitar o desperdício de água;
  • Disponibilização do primeiro cartão biodegradável do Brasil, o Acqua, que leva de seis meses a dois anos para se decompor em condições próprias de compostagem.
  • Divulgação de diversas instituições no aplicativo para facilitar o contato entre pessoas que desejam ajudar alguma causa específica, como é o caso do Instituto Terra, iniciativa do casal Lélia Wanick Salgado e Sebastião Salgado (fotógrafo brasileiro considerado um dos maiores talentos da fotografia mundial pelo teor social de seu trabalho), voltada para a restauração ecossistêmica, educação ambiental e desenvolvimento rural sustentável.

Sustentabilidade econômica

Está relacionada a forma que a empresa cuida de seu patrimônio e investe em novas tecnologias para garantir mais eficiência, qualidade e rentabilidade.

Além disso, neste pilar da sustentabilidade é reforçada a importância da transparência das organizações perante o público, como um compromisso com os acionistas e todos que são impactados pelos seus serviços.

Isso é um incentivo para que todas as empresas se comprometam em cumprir com suas ações e demonstrar resultados da maneira adequada, seguindo todas as normas.

Segundo Felipe Saboya, diretor adjunto do Instituto Ethos, associado ao C6 Bank, negócios sustentáveis e responsáveis são aqueles na qual “a atividade econômica está orientada para a geração de valor econômico-financeiro, ético, social e ambiental, cujos resultados são compartilhados com os públicos afetados”. Além disso, ele defende que essas empresas possuam “produção e comercialização organizadas de modo a reduzir continuamente o consumo de bens naturais e de serviços ecossistêmicos, a conferir competitividade e continuidade à própria atividade, a promover e manter o desenvolvimento sustentável da sociedade”.

O que é ser sustentável?

Ser sustentável é ter um estilo de vida no qual há um cuidado no uso de tudo o que a natureza nos fornece para que não falte nada ao próximo. Ou seja, é também se importar com o próximo e fazer de tudo para criar uma cadeia solidária com o objetivo de preservar o meio ambiente da melhor forma possível.

“Cabe a cada um adotar hábitos sustentáveis em prol do meio ambiente e da sociedade. A afirmação do Greenpeace de que “cada gesto conta” mostra claramente que as escolhas e atitudes do dia a dia de cada um impactam significativamente o cenário ambiental que vamos enfrentar nos próximos anos”, explica Marina Mancini.

Portanto, ter uma vida pautada na sustentabilidade e no meio ambiente vai muito além de praticar a reciclagem e plantar árvores. É sobre repensar os pequenos atos do seu dia a dia, desde o consumo excessivo de água durante o banho ou na lavagem da louça até a escolha de uma marca que respeita os recursos naturais durante o processo de fabricação.

Um outro exemplo é reduzir o consumo de carne, que envolveu a criação da Campanha Segunda Sem Carne, que propõe conscientizar as pessoas sobre os impactos que produtos de origem animal para alimentação têm sobre a saúde humana, animais e o planeta.

Mais adiante traremos diversos exemplos de atitudes sustentáveis que podem ser aplicadas na sua rotina e têm um grande potencial de transformar o meio ambiente.

Mão plantando uma muda de planta na terra como uma atitude para ser sustentável

Qual a importância da sustentabilidade?

A sustentabilidade é essencial para reforçar o entendimento da finitude dos recursos naturais. Ela é uma forma de forçar nas pessoas um questionamento de todas as suas atitudes em prol de um planeta mais saudável e duradouro.

Para reforçar a sua importância, foi criado pela ONG Global Footprint Network o Dia de Sobrecarga da Terra, que é quando a população mundial consome todos os recursos (alimentos, água, fibras, madeira, terra, emissões de carbono, etc) em volume superior ao que o planeta é capaz de renovar.

Confira as datas deste marco desde que foi criado:

  • 1971: 25 de dezembro;
  • 1980: 8 de novembro;
  • 1990: 14 de outubro;
  • 2000: 25 de setembro;
  • 2010: 8 de agosto;
  • 2019: 29 de julho;
  • 2020: 22 de agosto;
  • 2021: 29 de julho;
  • 2022: 28 de julho.

Ou seja, o limite está cada vez pior e esta é uma conta que está fechando negativamente. Justamente por isso é que a sustentabilidade deve estar enraizada no comportamento das pessoas, para que elas sempre pensem em um longo prazo e consigam criar uma gestão mais sustentável dos recursos naturais. Se continuarmos no ritmo que estamos, não seremos capazes de suprir a capacidade da população em breve.

Cenário da sustentabilidade no Brasil

Segundo uma pesquisa realizada pela Opinion Box em julho de 2021, 82% dos brasileiros consideram a sustentabilidade como um tema importante. O estudo analisou a opinião de 2.203 pessoas em relação ao tema de meio ambiente e negócios. Além disso, 37% afirmaram que já deixaram de consumir produtos de empresas que não pensam na preservação do meio ambiente durante o processo de produção.

Infográfico sobre o Posicionamento sustentável do consumidor brasileiro. 82% dos brasileiros consideram a sustentabilidade importante ao cotidiano; 62% das pessoas consideram a postura da marca em relação ao meio ambiente no momento da compra; 37% dos entrevistados já deixaram de consumir produtos de empresas que não preservam o meio ambiente; 60% da população usa lâmpadas econômicas e controla o uso de água; 49% das pessoas reutilizam as embalagens e separa o lixo para reciclagem. Fonte: Plataforma de pesquisa, Opinion Box

Os dados também reforçam que muitas pessoas estão dispostas a pagar mais por um produto sustentável: são 62% de brasileiros com este pensamento. Esse número está diretamente relacionado com a satisfação em comprar produtos sustentáveis, já que 81% afirmam sentir um prazer maior ao comprar estes itens.

Em relação às atitudes que são colocadas em prática no dia a dia, apenas 2% dos participantes da pesquisa afirmaram não praticar nenhuma ação sustentável. Do total dos entrevistados, 60% disseram adotar medidas como uso de lâmpadas econômicas e o controle do uso d’água. Além disso, 49% afirmaram reutilizar as embalagens e separar o lixo para reciclagem.

Porém, estes números vão de embate com o cenário que o Brasil enfrenta em relação ao desenvolvimento sustentável. O compromisso brasileiro com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 estão em retrocesso, principalmente devido ao impacto da pandemia de Covid-19.

A ONU separou algumas recomendações para que o Brasil consiga voltar ao caminho do desenvolvimento inclusivo e sustentável, enfrentando as consequências da pandemia de Covid-19. São elas:

  • Revogar o Teto de Gastos;
  • Valorizar o SUS, a educação e as pesquisas;
  • Socorrer famílias em vulnerabilidade;
  • Reforçar a Lei de Acesso à Informação;
  • Combater discriminações.

Dicas para uma vida mais sustentável

Confira a seguir 6 dicas para transformar o seu dia a dia e deixá-lo mais sustentável.

Infográfico com dias sustentáveis para o seu dia a dia. 1.Diminua o tempo de banho - Um minuto a menos economiza no mês o suficiente para carregar 750 vezes o celular durante uma hora. 2.Recicle - Quase todos os materiais podem ser reaproveitados através da reciclagem e compostagem. 3.Faça compostagem - Dá o destino correto a resíduos domésticos, além de produzir adubo para hortas e jardins. 4.Use sacolas retornáveis - Os modelos em algodão cru levam apenas 6 meses para se decompor, enquanto as sacolas plásticas demoram cercas de 300 anos. 5.Escolha marcas sustentáveis para consumir - O consumo consciente é um estímulo para que marcas sejam parceiras do meio ambiente e tenham atitudes mais responsáveis. 6.Ande a pé ou de bicicleta - Você ajudará a reduzir a poluição, os efeitos do aquecimento global e a demanda de recursos naturais.

Adote um transporte mais sustentável

Ao reduzir o uso do carro, você ajudará a reduzir a poluição na cidade, os efeitos do aquecimento global e até mesmo a demanda de recursos naturais.

Dentre as opções de substituição estão as bicicletas, transportes públicos e até mesmo caminhadas. Caso não seja possível abrir mão do carro, aposte nas caronas. Dessa forma, além de economizar no combustível e ajudar alguém a chegar no seu destino, você estará colaborando para reduzir a quantidade de veículos nas avenidas, reduzindo a poluição.

Tenha um consumo consciente

consumo consciente leva em consideração fatores como meio ambiente, saúde humana e animal, relações de trabalho por trás do produto, reputação da marca e mais na hora de comprar algo. Além disso, ele é pautado na ideia do aproveitamento total dos recursos adquiridos, garantindo um equilíbrio entre satisfação e sustentabilidade.

Saiba mais sobre algumas práticas de consumo consciente aqui.

O C6 Bank, como forma de incentivar seus colaboradores a repensarem seus hábitos, lançou o Desafio do Consumo Consciente para celebrar a data, 15 de outubro. Com 21 desafios práticos relacionados a essa temática, ele tem como objetivo auxiliar na formação de hábitos sustentáveis e conscientes nos funcionários da Carbon Holding.

Os participantes vão encontrar pílulas diárias que vão propor cronometrar o tempo do banho, separar o lixo eletrônico e levar em um ponto de descarte adequado, criar um perfil de voluntariado, produzir o próprio desodorante ou sabonete, e muito mais.

Uma avenida limpa e repleta de árvores como uma iniciativa para uma cidade mais sustentável

Pratique e incentive a coleta seletiva

A coleta seletiva é essencial para reduzir os impactos ambientais do consumo já que otimiza os processos de destinação do lixo. Ou seja, ao fazer a separação, há uma diminuição nas chances de impactos nocivos ao meio ambiente e à saúde do planeta.

Portanto, seja na sua casa, condomínio ou até mesmo na sua empresa, distribua as lixeiras coloridas para facilitar o descarte. Confira a seguir as cores que cada recipiente deve receber e o que deve ser colocado em cada um:

  • Azul: papel e papelão;
  • Vermelho: plástico;
  • Verde: vidro;
  • Amarelo: metal;
  • Preto: madeira;
  • Laranja: resíduos perigosos, como pilhas e baterias;
  • Branco: resíduos hospitalares;
  • Marrom: lixo orgânico;
  • Cinza: lixo não reciclável, contaminado ou que não é possível realizar a separação.

Economize água

Esta é uma dica muito simples, mas que muitas pessoas acabam esquecendo no dia a dia. Por isso, feche sempre o chuveiro quando não estiver utilizando. O mesmo serve para as torneiras na hora de lavar a louça ou as mãos.

Além disso, vale realizar a coleta da água de chuva para reutilizá-la na lavagem da garagem e calçada, por exemplo. Outra dica é apostar nos redutores de vazão de água para garantir que não haja um desperdício.

Plante alimentos de forma orgânica

Plantar o próprio alimento é uma forma de reduzir o consumo de recursos naturais que são utilizados no processo de plantio. Além disso, também ajuda a diminuir a poluição causada pelas máquinas nas plantações e a utilização de agrotóxicos.

Se você mora em um condomínio, a dica é incentivar todos os moradores a criar uma horta coletiva para que todos possam desfrutar os benefícios dos alimentos orgânicos.

Dentre os principais benefícios de praticar a agricultura urbana orgânica estão:

  • Redução no desperdício de alimentos;
  • Melhora no aproveitamento de nutrientes e sabor;
  • Redução do consumo de produtos industrializados;
  • Revitalização de espaços ociosos.

Pratique a compostagem

A compostagem é considerada um tipo de reciclagem do lixo orgânico e a boa notícia é que ela pode ser realizada em qualquer cantinho da sua casa. Nela, microrganismos como fungos e bactérias realizam a degradação de matéria orgânica, transformando-a em um material rico em nutrientes.

Mas atenção: não são todos os materiais orgânicos que podem ser colocados em uma composteira. Os recomendados são restos de alimentos, talos e casca de verduras e frutas não cítricas, cascas de ovo e borra de café.

Confira o passo a passo para fazer sua composteira:

  1. Faça um buraco na terra com 30 cm de profundidade. Utilize placas de madeira ou uma caixa sem fundo para dar suporte;
  2. Coloque os resíduos orgânicos até preencher o espaço. Dica: evite o mau cheiro cobrindo com folhas secas e serragem;
  3. Regue a composteira se fizer muito sol ou calor, pois a umidade acelera a decomposição;
  4. De 15 em 15 dias, revire o material para aerar a mistura;
  5. Depois de algumas semanas o resíduo se transformará em terra escura e fofa.

Pronto! Colocando em práticas essas 6 dicas e repensando todas as suas atitudes você estará no caminho para adotar uma vida mais sustentável e que ajudará na saúde do planeta como um todo.

Agora, você conhece melhor todo o conceito em torno do termo sustentabilidade. Além de saber qual a importância de ter atos mais responsáveis, você também compreende o que pode fazer para reduzir seu impacto.

Fonte: C6 Bank

Cerca de 33% do plástico que entra no Brasil pode acabar no oceano, aponta estudo de projeto da ONU

Cada brasileiro pode ser responsável por poluir os mares com 16 kg de plástico por ano. Levantamento foi realizado por um projeto ligado a ONU Brasil e apresentado em Santos, no litoral de São Paulo.

Um diagnóstico nacional mostrou que cerca de 33% de todo o plástico que entra anualmente no mercado brasileiro, quase 3,5 milhões de toneladas, pode acabar no oceano. O estudo foi apresentado em Santos, no litoral de São Paulo, dentro da programação ‘Diálogos para a Cultura Oceânica’, realizado pela Unesco. Na Baixada Santista, os secretários de Meio Ambiente assinaram um acordo para construir ações conjuntas para o combate ao lixo no mar na região.

O estudo foi elaborado pelo Blue Keepers, projeto ligado à Plataforma de Ação pela Água e Oceano do Pacto Global da ONU Brasil. A pesquisa aponta que cada brasileiro pode ser responsável por poluir os mares com 16 kg de plástico por ano. Segundo a pesquisa, as fontes de resíduos que chegam ao mar são diversas e a maioria pode ser encontrada em terra.

Captação e reuso de água no condomínio: 9 dicas para colocar em prática

A preocupação com as questões ambientais e a sustentabilidade tem se espalhado em todos os âmbitos. Desde grandes indústrias até cidadãos comuns têm procurado dar sua contribuição para a melhoria do planeta. Dentro de um condomínio, esta contribuição pode ocorrer por meio da reutilização da água, com a implementação de um sistema de captação e reúso de água, principalmente água da chuva. Na aplicação deste sistema são utilizadas cisternas para o condomínio, que armazenam a água para sua reutilização, gerando assim maior economia.

A falta de água tem sido realidade em muitas regiões do Brasil e, pensando nisso, na questão econômica e principalmente na sustentabilidade, muitos condomínios vêm se preocupando com a instalação de sistemas que auxiliem a minimizar alguns problemas relacionados à utilização da água.

1. Hidrômetros individuais e inspeções são ótimos para poupar água, mas não são suficientes

A instalação de hidrômetros individuais e o cuidado com a inspeção contra vazamentos são medidas importantes para a economia de água e devem ser implementadas no seu condomínio. Porém, elas pouco resolvem quando se trata da falta de água.

2. Economia significativa

A implementação de um sistema de captação e reuso da água, além de ser uma forma inteligente de lidar com uma possível falta de água, contribui financeiramente para o condomínio, uma vez que podem gerar até 40% de economia no consumo de água.

3. Pode ser mais simples do que você espera

Captar e reaproveitar a água da chuva pode ser muito mais simples em um condomínio do que se imagina. Alguns, inclusive, já contam com reservatórios para escoar a água da chuva. O que ocorre é que a água captada acaba sendo bombeada para a rua.

4. Equipamentos básicos para a captação e reuso da água

Agora vamos ver como implementar um sistema de captação e reuso de água. Caso seu condomínio ainda não possua um sistema coletor, é necessário primeiro instalá-lo. Veja os equipamentos necessários:

  • Bacia coletora para o telhado: Ela vai captar a água da chuva;
  • Calhas e coletores: Eles seguram resíduos como galhos, folhas e outras sujeiras maiores;
  • Filtros de areia: Eles seguram a maior parte das partículas contaminantes que estão na água da chuva;
  • Filtro desferrizador: Ele retira o ferro e o manganês que estão na água;
  • Separador de primeiras águas: Separa a primeira chuva, esta água não deve ser reaproveitada.
  • Unidade de desinfecção: O sistema retira as bactérias da água utilizando cloro, ozônio ou algum outro material;
  • Cisterna: É o reservatório fechado que serve para guardar a água da chuva, resguardando-a da entrada de sujeira e luz do sol;
  • Sistema de pressurização: São as bombas que enviarão a água estocada para as caixas de alimentação;
  • Caixas de alimentação: Mais um tipo de reservatório, agora elevado;
  • Tubulação: para uso independente e exclusivo da água reservada para reutilização.

5. Da coleta à distribuição

A água da chuva é captada do telhado e coletada para calhas que a levam até um reservatório. Depois disso, passando por um processo de filtragem, ela é enviada para uma caixa d’água. A partir da caixa d’água, ela é distribuída para uso diverso.

6. É preciso tratar a água

As sujeiras e impurezas desta água captada devem ser eliminadas através de um filtro de linha. A água é armazenada em tanques ou cisternas e depois succionada por uma bomba centrífuga, onde recebe uma solução para eliminar bactérias e outras contaminações. Através de um filtro de profundidade, são retiradas partículas em suspensão e a água é novamente armazenada em tanque ou cisterna, estando pronta para ser reutilizada.

7. Manutenção do sistema de captação e reuso de água

Atenção para a limpeza periódica das peneiras e substituição das pastilhas que fazem o controle e eliminação de bactérias.

8. Onde usar a água captada?

A água coletada poderá ser utilizada para atividades como lavagem de calçadas e áreas externas, regar os jardins e descarga nos banheiros.

9. Cisterna é essencial

A cisterna para condomínio é um dos elementos mais importantes de todo este sistema. É nela que a água a ser reutilizada ficará armazenada. Trata-se de um tanque ou caixa fechada onde a água ficará livre de contaminação e da luz do sol. Leia mais sobre a impermeabilização de cisternas, e veja como dar a atenção adequada a esta estrutura.

E você? Já faz captação e reúso de água em seu condomínio? Comente aqui sobre sua experiência.

 

Fonte: FiberSals

TOP 10 plásticos que parecem impossíveis de abandonar

Muitas são as dicas por aí sobre banir e recusar o plástico descartável da nossa rotina: sacolas de pano pras compras, o copo reutilizável na hora daquela cervejinha de fim de tarde, os talheres de metal pra nunca mais usar os de plástico… Mas existem muitos outros plásticos descartáveis na nossa rotina e que ou você ainda não se deu conta que eles existem ou você acha que são impossíveis de abolir da sua rotina. A gente decidiu te mostrar como é fácil viver sem nenhum plástico na sua vida… nenhunzinho.

Vem que ao TOP10 tá bom!

1. Cadernos

Quantos milhões de cadernos você tem por aí? Já reparou que eles vêm todos embalados em plástico? E os cadernos de brinde? Já tem uma galera que opta pelo celular, tablet ou computador pra anotar tudo, mas sabemos que escrever à mão tem seu valor. Além disso, os pequenos ainda usam muito caderno na escola e cada ano letivo são toneladas de cadernos novinhos que são descartados pela metade. Que tal fazer seu próprio caderno? É super fácil, beeeem terapêutico e personalizado! Dá pra fazer com a capa que você mais gosta, na quantidade de folhas que você precisa e ainda é único, porque só você vai ter :)

2. Creme Hidratante

A dica é: reaproveitar os potes e investir em cremes manipulados. Eles podem ter o que você precisa pra sua pele, sem substâncias tóxicas que a gente não sabe o que são, dos rótulos tradicionais, e você ainda pode levar o pote em uma próxima compra. É só conversar com carinho :)

3. Granel sem plástico

‍E aquele papo de que não tem como não consumir plástico na hora de comprar comida? Bom, sempre dá pra escolher os produtos que têm embalagens alternativas, como macarrão, que dá pra comprar as embalagens de papel ou o molho de tomate que rola ser em lata. Mas tem muita coisa que dá pra comprar nas lojas a granel, com as suas embalagens, já pensou nisso? Levar uma sacolinha de pano pra comprar arroz, na quantidade que você consome e com zero plástico. Bora tentar?

4. Chá

A gente quase nunca para pra pensar dos cházinhos desnecessários em sachê, né? Eles vêm embalados em plástico e vão pro lixo bem rápido. Que tal investir no chá a granel? Dá pra fazer exatamente como você gosta e se você levar sua embalagem de pano ou potinho de vidro, é sem lixo e com amor :) Bora?

5. Plástico-filme tá fora de moda!

‍Plástico-filme não dá, né? Descartável, sem reciclagem e um lixo de segundos completamente desnecessário. Hoje já existem as opções do pano de cera, mas sempre dá pra usar potes com tampas de vidro ou investir em tampas de silicone. A comida fica bem melhor armazenada e não tem lixo descartável.

6. Frios e carnes sem isopor!

Tamo sabendo que essa é uma hora sensível das compras: os frios e as carnes. Mas a gente tá aqui pra te dar as mãos e te contar que tem solução! Simples, simples! Só levar uma embalagem de vidro ou de plástico reutilizável. No mercado ou na padaria eles tiram a tara e você já leva prontinho pra sua geladeira.

7. Vem de tecnologia


Quem nunca comprou milhões de livros por impulso ou pegou folhetos explicativos por aí pra ler mais tarde? Bora usar a tecnologia a nosso favor? Hoje já tem muita coisa incrível na internet (de ebooks com conteúdo até bulas e manuais de instruções) e é bacana investir nesse recurso pra gente não gerar muitos lixos desnecessários. Comprar livro é maravilhoso, viu? Mas só quando não é por impulso e sempre dá pra pegar emprestado ou trocar por aí, né?

8. Viagem sem lixo


Quantas sacolinhas plásticas têm na sua mala de viagem? Aquelas que enrolam o tênis pra não sujar as roupas, o chinelo, os produtos de banheiro pra não vazar? Vamos abandonar esse hábito? As sacolinhas de pano tão aí pra resolver tudo isso :) Depois é só lavar e reutilizar, sem plástico descartável nenhum

9. Sabonete sem plástico

Escolhas de consumo! São 2 segundos pra você se perguntar “mas tem uma embalagem melhor do que plástico”? E não é que tem? São muitas as opções de sabonetes embalados em papel por aí, por exemplo. Você não gasta mais tempo nem mais um centavo com isso. É só praticar o consumo consciente.

10. A dor das frutas no plástico

Fruta embalada em plástico é um dos paradoxos mais doidos! Frutas e legumes já vêm embalados nas cascas :) A natureza, perfeita já resolveu essa equação pra gente. Então, quando for ao mercado a um hortifruti e só tiver frutas embaladas em plástico, pede pra alguém que trabalha por lá pra ir até o estoque e buscar um melão in natura ou um coco sem lixo. Nós somos capazes de revolucionar a cabeça das pessoas com pequenas atitudes, já que essa ação, além de recusar o plástico do alimento, faz a galera pensar. Vamos?

 

Agora que você já pegou essas dicas, que tal colocar tudo em prática e abandonar os plásticos da sua vida pra sempre?

Fonte: Menos1lixo

BIOPLÁSTICOS NÃO SÃO A SOLUÇÃO, DIZEM PESQUISADORES

Embalagens fabricadas com matérias-primas naturais, renováveis e compostáveis parecem ser uma boa ideia e cada vez mais produtos embalados nos chamados bioplásticos podem ser encontrados nas prateleiras.

Mas será que eles são realmente mais ecológicos do que os plásticos derivados do petróleo e podem ser parte da solução da crise do lixo plástico no mundo?

Segundo pesquisadores e especialistas da Alemanha, a resposta é não. Eles não são nada sustentáveis, nem são uma boa opção para a o problema do lixo plástico.

Em princípio, a produção e descarte do bioplástico libera menos CO2 do que o plástico convencional, explica a Agência Federal do Meio Ambiente alemã.

Mas a verdade é que nem tudo que se auto-define orgânico é de fato orgânico e além disso, ainda não existe um padrão instituído e exato do que é e do que não é bioplástico.

Por exemplo, são chamados popularmente de bioplásticos aqueles feitos de matérias-primas renováveis, como milho, batata ou cana-de-açúcar. Isso significa que sua base de fabricação é exclusivamente biológica.

No entanto, a matéria orgânica utilizada nesses processos de fabricação não precisa necessariamente vir de um sistema de cultivo orgânico e ecologicamente correto.

Isso sem contar que os plásticos feitos de matérias-primas fósseis, como o petróleo bruto, se forem biodegradáveis, também são orgânicos.

“Portanto, o rótulo é absolutamente enganoso”, diz Janine Korduan, porta-voz da Federação para o Meio Ambiente e Conservação da Natureza da Alemanha (BUND).

Ainda de acordo com Janine, o baixo equilíbrio e o alto impacto ambiental desses materiais têm várias razões.

A primeira delas é clássica. Por serem feitos principalmente para produtos descartáveis, são itens de uso único que acabam rapidamente nas lixeiras.

E sua decomposição, apesar de impactar menos o meio ambiente, não gera nenhum benefício para o ecossistema onde foi descartado, muito pelo contrário.

Os bioplásticos só se decompõem em condições muito especiais, que não são necessariamente dadas na natureza. Nos oceanos, por exemplo, muitos desses materiais podem não se decompor.

Mesmo os bioplásticos compostáveis geralmente não podem simplesmente serem colocados na composteira da sua casa ou do seu apartamento. Eles precisam ser compostados em instalações especiais.

Além disso, as matérias-primas para sua fabricação vêm, principalmente, da agricultura industrial e cultivá-las requer muita água, fertilizantes e pesticidas.

Outro fator problemático, apontam os especialistas, é que áreas utilizadas na produção de alimentos terão que ser substituídas por áreas para a fabricação de bioplástico.

“Os plásticos de base biológica estão longe de serem mais ecológicos do que os plásticos convencionais”, avalia Gerhard Kotschik, especialista em embalagens da Agência Ambiental Federal da Alemanha.

Em resumo, para as organizações ambientais e para o governo alemão, a única solução viável para a crise é: o mínimo de plástico possível, não importa o tipo, e o máximo possível de plástico reutilizável.

 

Fonte: ReciclaSampa

FATOS E ESTATÍSTICAS SOBRE RECICLAGEM DE GARRAFA PET

O Recicla Sampa reuniu alguns fatos e estatísticas para você ficar por dentro dos detalhes da reciclagem de garrafa pet:

  • A garrafa PET é fabricada com um polímero plástico derivado do petróleo chamado Polietileno Tereftalato.
  • A matéria-prima foi descoberta e patenteada no começo dos anos 1940, na Inglaterra, pela Calico Printer’s Association.
  • Até os anos 1980, o PET foi utilizado exclusivamente na produção têxtil de multinacionais e de empresas brasileiras.
  • No início da década de 1990, os EUA autorizaram a fabricação de embalagens alimentícias com PET e impulsionaram a produção do material no mundo.
  • Em 1993, o PET começou a ser utilizado para engarrafar bebidas e rapidamente substituiu as embalagens de vidro retornáveis, sustentáveis e perfeitamente inseridas no contexto da economia circular.

Impacto ambiental da garrafa pet

Essa substituição do vidro por PET foi um verdadeiro desastre para o meio ambiente.

Hoje em dia, garrafas plásticas são os resíduos plásticos mais encontrado nos mares do planeta e representam 14% de todo o lixo descartado nos oceanos.

Pesquisadores falam em no mínimo 100 anos e algumas estimativas apontam para 800 anos até sua decomposição total na natureza.

Reciclagem com garrafa pet

O PET é um material reciclável e pode ser refundido e moldado várias vezes. É possível fabricar novas garrafas e também outros itens com o PET reciclado.

De acordo com o último Censo da Reciclagem do PET no Brasil, reciclamos 55% das embalagens PET descartadas pela população em 2019.

São aproximadamente 311 mil toneladas, 12% acima do que foi registrado em 2018. É um mercado de R$ 3,6 bilhões e corresponde a 36% do faturamento total do setor no país.

Apesar da reciclabilidade relativamente alta, ela ainda é insuficiente. Portanto, o ideal é evitar o consumo de PET e de qualquer outro derivado do petróleo.

Em 2022, o quilo de PET passou o preço médio de R$ 4 e se aproximou do valor do alumínio, campeão brasileiro da reciclagem.

Fonte: ReciclaSampa

Um em cada quatro municípios brasileiros sofre com falta de coleta seletiva

Em grande parte das cidades com esse processo – 74% dos municípios do país –, ele é feito de forma limitada, sem abranger todo o território, aponta associação

Uma em cada quatro cidades brasileiras não possui coleta seletiva. Ao todo, são 1.425 municípios. Os dados são de pesquisa recente da Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais).

O cenário de atraso, descrito pelo diretor-presidente da associação, Carlos Silva Filho, pode ser ainda pior do que as estatísticas indicam, uma vez que o processo é incipiente em grande parte dos 74% municípios restantes.

“Precisamos levar em consideração que, mesmo nos municípios que possuem [coleta seletiva], ela não abrange a totalidade do território. Essa parte no Brasil é ineficiente”, afirma Silva Filho.

Com mais de 2.600 lixões a céu aberto, explica Telines Basílio, gestor ambiental e presidente da Coopercaps, cooperativa de coleta seletiva de São Paulo (SP), a falta de incentivo prejudica não somente o meio ambiente, mas também a criação de empregos nas indústrias de reciclagem. “Por isso, a coleta seletiva na maioria dos nossos municípios ainda é mínima”, diz Basílio.

Silva Filho também endossa que a coleta seletiva seria um importante passo para solucionar a existência dos lixões, outro problema grave.

“Eles recebem um volume enorme, 30 milhões de toneladas por ano, e entre esse volume temos os recicláveis. Se tivéssemos coleta seletiva eficiente, não só avançaríamos na reciclagem, teríamos um ingresso de recursos na economia e minimizaríamos o impacto dos lixões”, destaca.

Perda econômica e ‘triplo benefício’

Outro levantamento da Abrelpe, de 2019, mostra a perda econômica gerada pelos resíduos recicláveis que vão para os 2.655 lixões existentes no país. Anualmente, segundo a associação, são R$ 14 bilhões desperdiçados.

Dados o contexto de crise econômica e dos trabalhadores que atuam com a coleta de lixo, avanços na reciclagem significariam emprego para camadas em situação de vulnerabilidade, sobretudo, nos últimos anos.

“A reciclagem tem esse potencial de um triplo benefício: ambiental, pois reduz o descarte inadequado e minimiza a extração de recursos; girar a economia com novos recursos; e, por fim, fazer a inclusão social desses trabalhadores”, diz Silva Filho.

Segundo a Abrelpe, são mais de 334 mil empregos gerados pelo setor de limpeza urbana e manejo de resíduos no país: 143.146 no Sudeste, 98.035 no Nordeste, 40.896 no Sul, 27.915 no Centro-Oeste e 24.587 no Norte.

Trata-se, portanto, segundo Silva Filho, de uma pauta sustentável, “para que possamos avançar em relação ao meio ambiente e a um benefício de emprego e renda à população”.

Nesse propósito, as cooperativas realizam um importante trabalho de inserção social da população no mercado de trabalho, diz Telines Basílio, que destaca que o cenário se acentuou na pandemia.

“Trabalhadores perderam seus empregos, e foi através daquilo que as pessoas chamam de ‘lixo’ que milhares de pessoas passaram a ter uma fonte de renda. O ‘S’ de social é a missão das cooperativas, principalmente das cooperativas de trabalho e produção, onde os catadores são reinseridos ao mercado de trabalho”, destaca o gestor ambiental.

Essa relação, prossegue ele, é feita pelas cooperativas, “inserindo egressos do sistema prisional, populações da comunidade LGBTQIAP+, refugiados, idosos e, principalmente, as mulheres”.

Resíduos reciclados no país

A pesquisa da Abrelpe joga luz sobre outro importante cenário dos resíduos no país: apenas 4% são reciclados. O número é quatro vezes maior em países economicamente similares ao Brasil, como Argentina, África do Sul e Chile, e chega a 67% na Alemanha, por exemplo.

O problema tem várias fontes, segundo Carlos Silva Filho. Essas falhas estruturais, aponta, constroem o cenário de atraso ao qual ele se refere.

Em primeiro lugar, cita o presidente da Abrelpe, a dimensão territorial do Brasil dificulta a logística do processo de retorno do material. O custo pela tributação é outra adversidade: “O país não tem previsão tributária que priorize a utilização do resíduo como recurso. Existe, em muitos casos, uma bitributação, e o recurso sai mais caro que a matéria-prima”.

Por fim, a falta de integração entre as esferas do poder público termina por atrapalhar qualquer avanço nesse sentido.

“As ações são pontuais e individualizadas, e não há uma integração para criar uma economia de escala, um potencial de negócios”, diz o presidente da Abrelpe.

Silva Filho afirma, ainda, que o país vive um processo de aumento da geração de recicláveis, que deve seguir pelos próximos anos. “Por isso, precisamos girar esse quadro”, diz.

Os dados de comparação com outros países são contestados por Telines Basílio. Segundo ele, os números são oficiais, portanto, consideram somente as empresas de coleta de resíduos das prefeituras, sem incluir o trabalho dos catadores. “Falta inserir os números não oficiais. Se fizer isso, com certeza esses números irão aumentar e muito”, afirma o gestor ambiental.

Segundo o presidente da Abrelpe, de acordo com fontes distintas, o índice de reciclagem gira entre 3% e 4%. “Desconheço alguma base de dados referenciada que tenha chegado a um índice diferente”, completa.

Fonte: R7

6 dicas para separar o vidro para reciclagem

A separação correta do vidro e outros resíduos é uma etapa simples, mas muito importante para toda a cadeia de reciclagem – veja as dicas!

Muita gente ainda tem dúvidas sobre a separação correta dos recicláveis, entre eles o vidro. Para ajudar a responder estas perguntas a Verallia, fabricante de embalagens de vidro para alimentos e bebidas, e a MassFix, prestadora de serviços de coleta, separação e processamento de cacos de vidros, esclarecem as dúvidas mais comuns que surgem na hora de separar o vidro para reciclagem.

“Com a iniciativa, queremos compartilhar informações e criar uma grande rede nacional de coleta responsável de vidro, para incentivar o usuário a incluir na lista pontos existentes em sua cidade. Assim, cada vez mais e mais consumidores poderão promover o descarte responsável de suas embalagens de vidro”, enfatiza Catarina Peres, supervisora de marketing da Verallia.

Confira as perguntas e respostas abaixo!

Posso colocar o vidro no mesmo saco dos outros tipos de recicláveis?

Como não existe coleta exclusiva para o vidro, o recomendado é colocar todos os vidros num único saco, separado dos outros materiais recicláveis. No caso de vidros quebrados, devemos embrulhá-los em uma caixa de papelão ou em um papel mais grosso, como jornal e revista. Desse modo, diminuímos o risco de ferir os catadores da coleta seletiva e a perda de cacos de vidro para reciclagem.

Devemos separar os vidros por cor na hora de reciclar?

Não é necessário separar em sua residência/comércio os vidros por cor.

É necessário tirar os rótulos dos vidros antes de destinar para a reciclagem?

Não é necessário remover os rótulos dos vidros em casa antes de separá-los para a reciclagem. As cooperativas e empresas contam com processos eficientes para essa remoção. É recomendável apenas separar as tampas da embalagem, pois são de outros materiais, como metal e plástico. Essas tampas devem ser destinadas para reciclagem juntamente aos outros materiais.

Podemos separar as embalagens de vidros de remédios para reciclagem?

Primeiramente, é importante saber que cada medicamento tem dois tipos de embalagem: a que fica em contato direto com o remédio, chamada de primária; e a embalagem que não fica em contato com a medicação, chamada de secundária.

As embalagens de remédio primárias não podem ser descartadas no lixo comum nem destinadas à reciclagem comum, pois contêm resíduos de substâncias químicas que podem contaminar o meio ambiente. Esse é o caso das embalagens de remédios de vidro.

Desse modo, as embalagens de vidro de remédios e de outros produtos químicos devem ser descartadas em pontos de coleta em farmácias e Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Caso não encontre nenhum posto de coleta próximo, procure a Vigilância Sanitária do seu município.

No caso das embalagens secundárias, como as caixas de papel e as bulas dos remédios, podem ser destinadas para a reciclagem comum.

Podemos juntar porcelanas, louças, cerâmicas e similares com o vidro para reciclagem?

Nunca misture porcelanas, louças, cerâmicas e similares com o vidro, já que esses materiais são os piores contaminantes ao vidro, pois não derretem, geram perdas de cacos e prejudicam a reciclagem. Estes tipos de materiais não devem ser incluídos nos recicláveis comuns.

Nestes casos, procure por postos de coleta próximos que reciclam porcelanas, louças, cerâmicas e similares. Se não localizar pontos próximos, estes materiais devem ser encaminhados aos aterros comuns.

Porcelanas, louças, cerâmicas e similares devem ter o mesmo cuidado recomendado no descarte de embalagens de vidro quebradas. Ou seja, estes materiais devem ser embrulhados em jornal, revista ou papelão e colocados numa sacola a parte do lixo comum, para evitar quebras e acidentes com os coletores.

Como descarto lâmpadas, tubos de TV e outros eletroeletrônicos com vidro?

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) exige que os fabricantes e revendedores de eletroeletrônicos recebam seus antigos aparelhos de volta para serem encaminhados para recicladoras específicas que trabalham com esse tipo de material.

Antes de tudo, a dica é verificar no site do fabricante onde descartar os produtos da marca. Como exemplo, temos o descarte de celulares, em que as operadoras de telefonia e as fabricantes recebem os celulares em suas lojas para fazer o descarte adequado. Há ainda cooperativas especializadas em reciclagem de eletroeletrônicos.

Fonte: CicloVivo

Geração de resíduos no mundo deve chegar a 3,4 bilhões de toneladas por ano até 2050

Em comparação a 2016, descarte deve aumentar em 70%, segundo pesquisa da International Solid Waste Association; Brasil é o maior produtor de lixo da América Latina e Caribe.

Um estudo da International Solid Waste Association (ISWA), uma organização sem fins lucrativos que reúne profissionais do setor de resíduos sólidos, prevê que a geração mundial de lixo chegará a 3,4 bilhões de toneladas, por ano, até 2050.

Em 2016, eram cerca de 2 bilhões de toneladas/ano produzidas. Ou seja, pode haver um aumento de 70% nos descartes.

A pesquisa mostra que o Brasil é o maior produtor de resíduos urbanos da América Latina e Caribe, representando cerca de 40% do que é jogado fora. Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), a estimativa é que a geração anual no país alcançará 100 milhões de toneladas/ano em 2030.

Plano de Combate ao Lixo no Mar retira 400 toneladas de lixo em praias, rios e mangues

“A gente tem dois fatores importantes nesse resultado. O primeiro é o volume populacional do Brasil. O segundo é que cada brasileiro gera, em média, um quilo de resíduo por dia. E esse número vem crescendo”, explica o presidente da ISWA e da Abrelpe, Carlos Silva Filho.

Segundo a Abrelpe, na lista dos principais resíduos no Brasil, o primeiro lugar é dos orgânicos. Eles representam cerca de 45% de tudo que é produzido no país. Em seguida vêm os plásticos, que são cerca de 17%.

Diante da perspectiva da ampliação de lixo no mundo, um dos principais pontos destacados pela pesquisa é a gestão dos materiais após o descarte.

No Brasil, a cobertura de coleta abrange 92,2% dos resíduos, o que significa que 6,4 milhões de toneladas, por ano, sequer são retiradas dos pontos de geração. Esse volume poderia encher três mil piscinas olímpicas.

“Cerca de 40% de tudo que é coletado no Brasil vai para lixão a céu aberto, que é um sistema medieval de descarte”, pontuou Silva Filho.

Segundo o estudo, cerca de 30 milhões de toneladas de resíduos são despejados em lixões clandestinos por ano, no Brasil. Esse volume daria para encher 765 estádios do Maracanã e afetam a saúde de 77,5 milhões de pessoas.

Em abril deste ano, o Governo Federal editou o decreto que regulamenta o Plano Nacional de Resíduos Sólidos. O projeto define metas, diretrizes, programas e ações para atingir objetivos em até 20 anos.

Com a medida, fica estabelecido um prazo de dois anos para acabar com os lixões e aterros controlados em todo o país. São cerca de três mil unidades desse tipo existentes. Outra meta é reciclar ou recuperar 48,1% dos resíduos sólidos urbanos. Atualmente, apenas cerca de 2% são reaproveitados. O documento deve ser atualizado a cada quatro anos.

Fonte: CNN Brasil