Borra das cápsulas de café é transformada em biometano

Iniciativa aproveita resíduos recolhidos em todo o Brasil; meta é alcançar destinação correta de 60% das borras até 2030

A Nespresso recolhe anualmente no Brasil 52 milhões de cápsulas de café descartadas nos pontos de coleta seletiva ou via Correios, independente da marca da cápsula consumida. O alumínio dessas cápsulas já é aproveitado há alguns anos, mas, agora, a marca dá mais um passo no reaproveitamento de resíduos, e passa a reutilizar a borra de café para produção de biometano que, por sua vez, será aproveitado na fábrica da Nespresso em Araçatuba, SP, fechando o ciclo.

“A borra de café é um resíduo orgânico com enorme potencial de reaproveitamento. Rica em compostos como carboidratos, proteínas e gorduras, ela é perfeita como substrato para a usina de biogás. E a presença de lipídios nos resíduos da borra de café aumentam significativamente a quantidade de biogás gerada”, explica Mariana Marcussi, diretora de marketing e sustentabilidade da Nespresso.

Segunda ela, a meta da companhia é que até 2030 mais de 60% de todas as cápsulas consumidas no Brasil (envolvendo todas as marcas) sejam recicladas pela iniciativa. Hoje, o percentual é de 15%.

Para o reaproveitamento das borras de café, a Nespresso investiu R$ 2 milhões – o valor é parte de um projeto de investimento de R$ 74 milhões em ações de sustentabilidade que contemplam desde práticas de cultivo até reciclagem e conscientização dos consumidores.

Desde março, quando o projeto-piloto teve início, as cápsulas são destinadas a parceiro especializado em reciclagem na cidade de Valinhos, SP, onde o alumínio é separado da borra. Estas, por sua vez, são destinadas à indústria parceira de Jundiaí para que seja produzido o biometano. Uma vez pronto, o gás será utilizado na fábrica da Nespresso em Araçatuba. Todo transporte desses itens é feito por veículos elétricos.

fonte: Globo Rural – 24/08/2025

 

Reciclagem evita mais de 2 toneladas de CO₂ por tonelada de resíduo, aponta estudo

O Globo – 08/08/2025
Substituir uma tonelada de material virgem por reciclado evita a emissão de 2,059 toneladas de CO₂ equivalente (tCO₂e) — medida internacional usada para representar os demais gases com efeito de estufa em forma de dióxido de carbono.

A conclusão é do estudo inédito “Impactos da Reciclagem na Emissão de Carbono”, que será lançado este mês na Climate Week em São Paulo. O levantamento foi conduzido pela Planton em parceria com a eureciclo.

O destaque foi o alumínio, cuja reciclagem evita a emissão de até 10,563 tCO₂e por tonelada, sobretudo por evitar a etapa altamente emissora de extração da bauxita e a produção do metal primário por meio de um processo eletrointensivo, ou seja, uso de eletricidade para separar o metal de seus compostos.

Em seguida aparecem os plásticos (2,128 tCO₂e em média); papel (1,348 tCO₂e); aço/ferro (1,759 tCO₂e); e vidro (0,354 tCO₂e).

Isso quer dizer que a reciclagem de qualquer um desses materiais evita emissões de CO2 de forma significativa.

A análise se concentrou nas etapas de extração da matéria-prima e destinação final dos resíduos, assumindo que as demais fases do ciclo de vida (como uso e fabricação da embalagem) têm emissões equivalentes, independentemente da origem do material.

Os dados foram coletados de fontes primárias, como cooperativas de triagem em São Paulo, e secundárias, como a base internacional Ecoinvent 3.10 e os fatores de emissão do 6º Relatório do IPCC (2021).

O estudo também levou em conta as perdas médias nos processos de triagem (23%, segundo a Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente – Abrema), distâncias médias percorridas até o reciclador e o perfil de resíduos recicláveis no Brasil.

Empregos verdes’ devem gerar 7 milhões de vagas no Brasil

Empregos verdes e a valorização dos catadores: uma nova economia em construção

Na última semana, a reportagem assinada por Rone Carvalho, publicada no portal UOL Ecoa, trouxe dados importantes e um olhar sensível sobre o futuro do mercado de trabalho no Brasil. Segundo a matéria, os “empregos verdes” devem gerar 7 milhões de vagas no país, impulsionando setores como energia renovável, gestão de resíduos e reciclagem.

Tivemos a honra de ser entrevistados por Rone Carvalho, representando a Valora, Flavio Salsoni para falar sobre o papel da formalização e da profissionalização dos catadores nesse novo contexto. É fundamental reforçar que a reciclagem, muitas vezes ainda vista como uma atividade informal e de baixa valorização, possui um enorme potencial econômico e social.

“Se o Brasil conseguir conscientizar a população e valorizar os catadores, podemos sair dos 5% de reciclagem e chegar a índices comparáveis aos de países desenvolvidos. E mais do que isso, podemos gerar emprego, renda e cidades mais limpas”, ressalta Flávio Salsoni, CEO da Valora

A reportagem também destacou iniciativas importantes, como o projeto Cidades Circulares, da Ambipar, que vem profissionalizando catadores e promovendo sua inclusão formal na cadeia de reciclagem. Como bem colocou Felipe Nassar Cury, head de pós-consumo da Ambipar:

“A reciclagem ainda é vista como uma atividade informal e de baixa valorização no Brasil — o que não condiz com seu real potencial econômico e social. Para reverter essa percepção, precisamos tratar a reciclagem como um pilar estratégico da economia circular, com políticas públicas robustas, incentivos adequados e marcos regulatórios claros.”

Aqui na Valora, seguimos esse mesmo propósito, investindo na criação de soluções que promovam a formalização, capacitação e valorização dos catadores, transformando-os em protagonistas da economia circular.

O texto de Rone evidencia como as transformações no mundo do trabalho estão diretamente conectadas à sustentabilidade e como iniciativas empresariais podem acelerar essa mudança. É fundamental que governos, empresas e sociedade civil atuem juntos, garantindo que essa nova economia gere empregos dignos, inclusivos e sustentáveis.

Se quiser conferir a reportagem completa, acesse:
“Empregos verdes devem gerar 7 milhões de vagas no Brasil” – UOL Ecoa

Seguimos firmes no nosso compromisso com a sustentabilidade e com a valorização dos catadores, construindo um futuro mais justo e circular.

#EconomiaCircular #EmpregosVerdes #ValorizaçãoDosCatadores #Sustentabilidade


Quer que eu deixe o texto ainda mais formal ou mais descontraído?

Menos de 7% dos materiais usados no mundo são reciclados, alerta o Circularity Gap Report 2024

 

🌍 Menos de 7% dos materiais usados no mundo são reciclados, alerta o Circularity Gap Report 2024

Vivemos em um mundo movido por consumo. A cada ano, bilhões de toneladas de materiais são extraídos, transformados e descartados em ritmo acelerado. E o que deveria ser um ciclo sustentável de uso e reaproveitamento tem se mostrado, na verdade, um sistema linear e insustentável.

O Circularity Gap Report 2024, um dos mais importantes levantamentos sobre economia circular no mundo, trouxe um dado alarmante: apenas 6,8% dos materiais usados globalmente retornam para o ciclo produtivo por meio da reciclagem. Isso significa que mais de 93% dos recursos extraídos da Terra viram resíduos descartados — muitas vezes de maneira inadequada ou poluente.

🚨 O consumo de recursos ultrapassou os 100 bilhões de toneladas por ano

Outro dado impressionante do relatório é o volume total de materiais extraídos globalmente: mais de 100 bilhões de toneladas por ano. É a maior marca da história e reflete o padrão de crescimento econômico baseado em exploração intensiva de recursos naturais.

Esses materiais incluem:

  • Combustíveis fósseis (petróleo, gás, carvão)
  • Minerais metálicos e não metálicos
  • Biomassa (madeira, produtos agrícolas)
  • Materiais de construção (areia, cimento, pedras)

Grande parte desse volume é usada uma única vez e depois descartada. Os resíduos se acumulam nos aterros, poluem solos e oceanos ou são incinerados, liberando gases poluentes na atmosfera.

🔁 Economia circular: mais do que uma tendência, uma urgência

A economia circular é apontada como a principal solução para reverter esse cenário. Ela propõe uma mudança no modelo atual de “extrair, produzir, consumir e descartar”, substituindo-o por um sistema que privilegia o reuso, a recuperação e a regeneração de recursos.

A proposta é simples, mas poderosa: manter os materiais em uso pelo maior tempo possível, extraindo o máximo de valor deles antes de reaproveitá-los. Na prática, isso significa:

  • Design de produtos duráveis e fáceis de consertar
  • Uso de materiais recicláveis e biodegradáveis
  • Sistemas eficientes de coleta e triagem de resíduos
  • Modelos de negócio baseados em aluguel, compartilhamento e reuso

O relatório de 2024 destaca que aumentar a circularidade global para apenas 17% já seria suficiente para reduzir quase pela metade o uso de materiais virgens — e isso teria um impacto direto na redução das emissões de gases do efeito estufa.

🇧🇷 E o Brasil nesse cenário?

No Brasil, a situação não é muito diferente. Apesar de termos leis como a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e iniciativas pontuais de logística reversa, os índices de reciclagem ainda são baixos. Estima-se que menos de 4% dos resíduos sólidos urbanos são reciclados no país.

Além disso, o país ainda enfrenta problemas como:

  • Falta de infraestrutura para coleta seletiva
  • Baixo investimento em educação ambiental
  • Desvalorização do trabalho dos catadores e cooperativas
  • Falta de incentivos para empresas que investem em inovação sustentável

✅ O que podemos (e devemos) fazer?

A transformação exige ação conjunta de governos, empresas e consumidores. Veja como cada um pode contribuir:

Governo:

  • Criar incentivos fiscais e linhas de crédito para negócios circulares
  • Estimular parcerias público-privadas para a coleta e o tratamento de resíduos
  • Ampliar a fiscalização e o cumprimento da PNRS
  • Investir em infraestrutura urbana para a reciclagem e compostagem

Empresas:

  • Reavaliar processos produtivos com foco em reaproveitamento
  • Investir em embalagens recicláveis ou retornáveis
  • Criar programas de logística reversa
  • Promover a rastreabilidade de materiais

Cidadãos:

  • Separar corretamente os resíduos em casa
  • Reduzir o consumo de itens descartáveis
  • Apoiar marcas e produtos com responsabilidade ambiental
  • Participar de ações comunitárias e de educação ambiental

🌱 Conclusão: estamos diante de um ponto de virada

O Circularity Gap Report 2024 é mais do que um alerta. É um chamado à ação. A forma como lidamos com os recursos naturais hoje vai determinar o futuro do planeta — e das próximas gerações. Precisamos abandonar o modelo linear que já se mostrou falido e adotar práticas verdadeiramente circulares, sustentáveis e inclusivas.

Cada escolha importa. E mesmo pequenas atitudes, quando multiplicadas por milhões de pessoas, fazem a diferença. A hora de agir é agora.

Setor de vidro alcança meta de reciclagem em 2024

A notícia destaca o sucesso do setor de vidro no Brasil em atingir a meta de reciclagem de 25% em 2024, conforme estipulado pela Política Nacional de Resíduos Sólidos.

O cumprimento da meta foi impulsionado pela mobilização do setor de bebidas e pela atuação da Circula Vidro, que gerencia a reciclagem. Apesar do progresso, desafios como a eficiência da coleta seletiva e o baixo valor comercial do vidro reaproveitado ainda persistem.

O secretário Adalberto Maluf enfatiza a importância de incluir mais cooperativas de catadores para melhorar a reciclagem, especialmente em regiões menos desenvolvidas. A notícia também menciona a necessidade de novos decretos para avançar na reciclagem de outros materiais e fortalecer a economia verde no Brasil.

Práticas sustentáveis geram impactos positivos à empresa

Integrar sustentabilidade à estratégia da empresa pode garantir a longevidade do negócio e reduzir riscos operacionais, afirma especialista da VerdeSaber

A crescente conscientização dos consumidores sobre questões ambientais está mudando suas preferências e comportamentos de compra. Uma pesquisa da Descarbonize Soluções, publicada no portal E-commerce Brasil , aponta que 70% dos brasileiros consideram o comprometimento ambiental por parte das marcas um critério importante para decidirem a compra de um produto.

Assim, a adoção de práticas sustentáveis pelas empresas tem deixado de ser uma opção para se tornar uma necessidade. Além de contribuir para a preservação do meio ambiente, essas iniciativas têm mostrado que podem impulsionar o crescimento dos negócios e gerar impactos positivos à lucratividade das organizações.

Um levantamento da McKinsey & Company mostra que as empresas com fortes qualificações em Environmental, Social and Governance (ESG) conseguem reduzir os custos entre 5 e 10% ao focar em eficiência operacional e redução de desperdício.

Segundo Daniel Eggers, consultor da VerdeSaber e Master em ESG, adotar práticas de sustentabilidade ambiental, social e de governança contribui para estabelecer padrões claros de responsabilidade, atraindo parceiros éticos e resilientes, fortalecendo colaborações duradouras e melhorando a confiança nas cadeias de suprimentos.

“Integrar sustentabilidade à estratégia da empresa pode garantir a longevidade do negócio, melhorar a reputação da organização, atrair clientes e reduzir riscos operacionais, além de alinhar a companhia com as demandas ambientais e sociais contemporâneas”, avalia.

Eggers ressalta ainda que a adoção dessas práticas pode ajudar a otimizar o uso de recursos, reduzir desperdícios, diminuir despesas operacionais e incentivar a inovação. “Isso resulta em processos mais eficientes, econômicos e sustentáveis para a organização”.

Adotar ações sustentáveis também pode ser uma forma de se diferenciar da concorrência. Empresas que demonstram um compromisso genuíno com a sustentabilidade tendem a ganhar a confiança dos clientes, fortalecer sua marca e criar uma vantagem competitiva duradoura.

“Atentar-se a esse conceito aumenta a fidelização dos clientes, diferencia a marca no mercado competitivo e alinha a empresa às expectativas crescentes dos consumidores conscientes, impulsionando vendas e reputação”, assegura Eggers.

Para o consultor, “reduzir a pegada de carbono, otimizar o uso de recursos, promover responsabilidade social, assegurar governança transparente e fomentar inovação sustentável devem se tornar os principais objetivos de sustentabilidade dentro das empresas”.

Em um mundo onde a consciência ambiental está em ascensão, as empresas que investem em sustentabilidade estão não apenas garantindo seu futuro, mas também buscando criar valor para seus acionistas, clientes e para a sociedade como um todo.

“A sustentabilidade é essencial para a adaptação futura, atração de talentos e conformidade regulatória. Isso fortalece a resiliência e o propósito da empresa no mercado, garantindo um crescimento responsável e duradouro”, conclui o consultor da VerdeSaber.

fonte: (TERRA)

Isopor: saiba do que é feito e se é possível reciclar

Material ainda é muito utilizado em nosso dia a dia, mas ele é reciclável? Entenda como pode ser feito o descarte correto dele 24 nov – 05h00

O é um dos materiais mais presentes no nosso dia a dia como sociedade. Com um pouquinho de esforço, podemos lembrar onde já vimos este material branquinho. Ele pode entrar como algo simples, como recipientes para armazenar comida (as famosas marmitex), ou para itens mais complexos, como preenchimento de lajes, por exemplo. Apesar do uso contínuo, o descarte correto do material ainda é um desafio.

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Embora seja chamado popularmente de isopor, este não é o nome verdadeiro do material. O nome é Segundo a revista da universidade americana de Stanford, o nome “isopor” (em inglês, Styrofoam) é uma marca registrada da Dow Chemical Company. Assim como o nome sugere, ele é feito de poliestireno, um tipo de plástico, e 98% do seu volume é de ar.

A composição parece simples, mas o isopor é bastante resistente e frequentemente usado para proteger objetos frágeis. Todo esse ar é o que dá a sua capacidade térmica. Porém, e depois? O que fazer com o isopor? Dá para reciclar?

Isopor é reciclável?

Muitas pessoas já ouviram que isopor não é reciclável, no entanto, isto é um mito. ou seja, um produto cujo a matéria-prima se decompõe naturalmente, Basta descartá-lo da forma correta.

Como posso descartar?

Diferente do que possa parecer, Para descartá-lo, portanto, basta o consumidor direcioná-lo para a mesma lixeira dos plásticos, o de cor vermelha. O mesmo vale para quem for fazer o descarte em pontos de coleta.

A importância de descartá-lo corretamente

Como mencionado em parágrafos anteriores, o isopor é feito de um tipo de plástico. O ideal é evitar jogá-lo junto com o lixo comum, pois, se for para o lixão, ficará lá por muito tempo. Em outros casos, podem poluir matas, rios e oceanos.

Segundo dados do levantamento Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico (PICPlast), publicado em setembro de 2022, foram reciclados 33,8% do EPS, o que é um número bom se comparado a outros materiais, mas ainda há muito o que avançar.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema), em 2023, foram consumidos 1,4 milhão de toneladas de resíduos plásticos na reciclagem, sendo que 984 mil toneladas são oriundas de embalagens. Do total de resíduos consumidos, 47% dizem respeito às embalagens rígidas e 21%, às flexíveis. Esta é a primeira queda registrada na reciclagem de plásticos no Brasil desde 2018.

Fonte: Terra

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Vamos desenvolver um projeto juntos!

 

Logística e valor são principais desafios para reciclagem de vidro decolar no Brasil

Material é menos reciclado que papel, plástico e alumínio; iniciativas para mudar situação vão desde acréscimo no pagamento aos catadores à reutilização de garrafas

Cacos de vidro são considerados um insumo importante para a indústria de novos vidros, e é mais barato reciclar do que produzi-lo do zero. Ainda assim, o material é menos reciclado no Brasil do que papel, plástico ou alumínio. A cadeia do vidro sofre com desafios logísticos como a distância dos locais de consumo e coleta para as empresas que reciclam e o baixo preço do material. Empresas e entidades gestoras têm tomado diferentes iniciativas para mudar o panorama, desde reforçar o trabalho junto a cooperativas de catadores à reutilização de recipientes.

Não há certeza sequer sobre quanto do vidro que entra no mercado é reciclado. Os dados oficiais mais recentes do Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão de Resíduos Sólidos (Sinir+) do Ministério do Meio Ambiente (MMA) são relativos a 2019 e dão conta que 11% do total de vidro fabricado naquele ano foi reciclado. A Associação Brasileira das Indústrias de Vidro (Abividro) afirma que esse número está defasado, e a entidade gestora CirculaVidro está produzindo um relatório que demonstraria que os números são maiores, mas este ainda não foi finalizado.

As empresas de vidros planos, usados na construção civil e na indústria automobilística, se reúnem em outra associação, a Abravidro, que não faz esse tipo de levantamento. A Associação Nacional dos Catadores (Ancat), em seu atlas da reciclagem , calculou que, em números absolutos, 171.195 toneladas de vidro foram recicladas em 2022 (dado mais recente disponível). A Ancat não respondeu aos questionamentos enviados pelo Estadão até a publicação desta reportagem.

O MMA confirmou ao Estadão o recebimento do relatório da CirculaVidro, que ainda está sob análise. A pasta disse ainda ter ajudado na instalação de Pontos de Entregas de Pequenos Volumes (PEVs) e estabelecimento de metas de percentual mínimo de conteúdo reciclado para o vidro fabricado do zero, além de regulamentar a lei de incentivo à reciclagem.

O vidro pode ser reciclado indefinidamente, e o processo traz benefícios ambientais por gerar uma economia relevante de energia em comparação com a produção a partir do zero e por impedir a retirada de mais areia do meio ambiente. Assim, para as indústrias, ter acesso ao material é vantajoso. Contudo, esse acesso pode não ser simples: o vidro precisa ser separado de impurezas como rótulos e triturado em hubs após ser coletado e levado para cooperativas. Se os hubs não estiverem perto, o custo do transporte pode encarecer e tornar não vantajoso.

Se não houver o acesso, as principais matérias-primas, areia e barrilha, são fáceis de encontrar e baratas. Essa facilidade também mantém o preço do quilo do vidro coletado em torno de R$ 0,30, abaixo de outros como alumínio. Como um material que é mais difícil de transportar por ser pesado e levar risco no manuseio, e que paga pouco, nem sempre é bom para cooperativas e catadores coletá-lo e fazer a primeira triagem.

O trabalho por fortalecer a reciclagem do material passa por diferentes pontos: desde a coleta de informações para fazer gestão e saber que áreas precisam ter mais cooperativas e hubs até incentivar a reutilização de garrafas e outros recipientes quando for possível. Outra medida é buscar um aumento no valor pago aos elos iniciais da cadeia, de forma a gerar um ciclo virtuoso.

A busca por dados confiáveis é considerada a primeira missão da CirculaVidro, entidade gestora de resíduos do setor. A organização surgiu após decreto do governo federal que regulamentou e estabeleceu metas para a reciclagem do material, publicado em dezembro de 2023 e é integrada pela Abravidro, Abrabe (Associação Brasileira de Bebidas) e Sindicerv (Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja), abrangendo 100% dos fabricantes do material. O decreto estabelece metas graduais para o crescimento da reciclagem do vidro como um todo, chegando a 40% do total no País em 2032.

Os dados são importantes para as empresas poderem planejar e tomar decisões em relação à logística reversa. “É para entender onde já há a reciclagem e onde estão os gargalos. Por exemplo, se já existe muito investimento de uma empresa numa região, eventualmente outras companhias podem fazer investimentos em outros locais”, menciona Fábio Ferreira, diretor-executivo da CirculaVidro.

Caroline Morais, gerente de sustentabilidade da Abividro, destaca que esse trabalho de evolução é importante para fazer com que o caco de vidro chegue com uma qualidade mínima e com constância. “É o grande desafio da logística reversa, e passa por frequência da coleta seletiva, qualidade da triagem nas cooperativas. Hoje, a oferta de caco é menor do que a indústria tem capacidade de absorver”, diz.

Visão parecida é citada por Juliana Schunk, CEO da Massfix, empresa que trabalha apenas com reciclagem de vidro há mais de 30 anos. “Os projetos de reciclagem têm um grande potencial de crescimento. Tem grande ociosidade mesmo nos estados em que está presente”, cita. Segundo Schunk, a Massfix pensa em expandir a atuação para mais estados além das seis unidades federativas em que está presente diretamente hoje (SP, GO, ES, MG, DF e SC).

A CEO ainda ressalta que a indústria de reciclagem não tem benefícios fiscais em relação à produção de vidro iniciada do zero, o que classifica como um erro. O MMA disse trabalhar com o Ministério da Fazenda para determinar a desoneração de resíduos recicláveis na regulamentação da reforma tributária e no Plano de Transformação Ecológica.

Estruturação da cadeia

A tentativa de fortalecer os elos da cadeia é vista como fundamental tanto por entidades como a Abividro e a CirculaVidro, e como uma oportunidade por empresas. Outra companhia que atua no setor da reciclagem (embora não só de vidro), a Ambipar tenta nacionalizar a cadeia prestando apoio a cooperativas locais.

A empresa também tem parcerias com a Heineken, para a construção de nove hubs de processamento nos próximos três anos em diferentes estados, e com a startup eureciclo (sic) para a venda de créditos de reciclagem . O sistema funciona de forma semelhante aos créditos de carbono, em que uma empresa compra os créditos como forma de garantir que aquela mesma quantidade de material que colocou no mercado foi reciclada.

Um adicional é gerado e parte é repassada para remunerar cooperativas e catadores. “O valor do vidro é relativamente menor, mas quando acrescentamos, vira uma receita extra, que pode ser investida no galpão, ou distribuída entre os cooperados. Todo incentivo é bem vindo”, explica Caio Trogiani, gerente de operações da eureciclo.

O trabalho da Ambipar e da eureciclo pode ser demonstrado na cooperativa Goiânia Viva. Segundo Ildo Sebastião de Souza, administrador do local, a Ambipar contribuiu com novos equipamentos como uma bomba de água nova e um caminhão seminovo mais adequado, e a eureciclo fez o meio de campo com donos de hotéis e restaurantes da região para separarem o vidro para ser coletado pela cooperativa.

Os catadores também recebem equipamentos de proteção individual e treinamento da Ambipar. “A cooperativa precisa ter demanda garantida para fazer contratos e ter maior relação com setor financeiro, além de se desenvolver e aumentar capacidade de processamento”, resume Rafael Tello, vice-presidente de sustentabilidade da Ambipar. Tello conta que o lucro da Ambipar vem da revenda do vidro triturado para as indústrias e da negociação dos créditos de reciclagem. Ao mesmo tempo, diz que a empresa nota que os catadores que trabalham com ela tem uma renda maior, mas que não tem dados relativos a isto.

A aposta é que estruturar a cadeia com novos hubs, por exemplo, iniciará um ciclo virtuoso de maior demanda pela proximidade com as indústrias compradoras, maiores valores pagos e maior interesse dos catadores. A CirculaVidro afirma que, uma vez que a coleta de dados esteja completa, essa mesma contribuição para a logística reversa seria uma das principais parte do seu trabalho. A reunião de pequenos municípios em consórcios para coletar vidro em escala suficiente para atrair recicladores também é vista como uma estratégia para tornar viável a reciclagem.

“Temos que ter visão de longo prazo, estruturante, para o desenvolvimento das pessoas e das organizações envolvidas”, comenta Tello. Ele diz que a Ambipar segue aberta a trabalhar com mais cooperativas que os busquem, mas que por vezes não são “descobertos” por elas.

A reutilização de recipientes é outra estratégia para reduzir o vidro no lixo, e é incentivada pela Abividro, mas encontra limitações. Para ser viável economicamente, a indústria precisa estar perto do local de consumo, já que o transporte não é simples de ser feito e o vidro é um material pesado e frágil. Ela demanda produtos químicos e máquinas capazes de fazer a limpeza integral sem deixar cheiro ou gosto e há um limite no número de vezes que uma garrafa pode ser limpa antes de ser encaminhada para a reciclagem – cerca de 30 vezes.

Cooperativa Goiânia Viva, em Goiás, foi uma das apoiadas pela Ambipar e pela eureciclo para a reciclagem de vidro Foto: Divulgação / eureciclo

Há empresas que apostam nessa solução. Uma é a Águas Prata, do estado de São Paulo. O diretor da empresa, Rubem Cechinni, relata que hoje 25% do faturamento da empresa já é composto pelas garrafas de vidro retornáveis, e que foram necessários alguns investimentos como a reforma da máquina lavadora na unidade industrial.

“Usamos como argumento de venda para os clientes o preço competitivo, a qualidade do produto e a preocupação com a economia circular, de reduzir o volume de lixo da empresa”, diz Cechinni. Hoje, os principais clientes são restaurantes, bares e hotéis da capital paulista, e a logística é feita pelo distribuidor.

Enquanto as empresas tentam consolidar uma forma de estruturar a reciclagem de vidro para cumprir os percentuais previstos no decreto, o trabalho das prefeituras é visto como fundamental, já que cabe a elas a coleta do lixo e a destinação correta dos resíduos para reciclagem. A montagem de consórcios de diferentes prefeituras é uma solução para viabilizar em determinada região. Já os governos federal e estaduais podem facilitar com incentivos fiscais.

O papel dos consumidores é o de coletar os cacos de vidro e o que mais puder ser reciclado em suas casas e dar a destinação correta, em pontos de entrega voluntários para coleta seletiva. A indústria vê o vidro proveniente da reciclagem como uma fonte importante, mas pulverizada, e avalia que é mais fácil conseguir uma quantidade relevante em hotéis, bares, lanchonetes e restaurantes.

Reciclagem de vidro pode levar à economia de energia por não precisar do processo de calcinação, que funde os minerais no vidro quando ele é produzido do zero Foto: Divulgação / Abividro

“Se nós queremos aumentar a demanda e a oferta, não é melhor que seja num processo educativo?”, questiona Ildo, da cooperativa Goiânia Viva. Entre os ouvidos pelo Estadão , a principal aposta é no oferecimento de aulas para que professores possam levar o tema aos estudantes.

“Quando a população não separa direito o vidro, não vai chegar muito na mão das organizações certas. Se o consumidor conseguir separar corretamente, vai gerar muito mais volume”, reforça Trogiani, da eureciclo.

Um longo trabalho precisará ser feito para alcançar as metas do decreto de 2022, assim como para ter números confiáveis. Mas há interesse da sociedade, da indústria e do poder público para evoluir. “Não é uma opção, é algo social. Temos um histórico de resultados positivos já alcançados. Não existe nem espaço para ser pessimista”, afirma Tello, esperançoso.

fonte: (O Estado de S.Paulo – 27/08/2024)

Tributação favorece matérias-primas virgens em vez de recicladas, dizem especialistas

Advogados e representantes da indústria afirmam que tratamento fiscal reduz interesse na aquisição de reciclados

A tributação no Brasil favorece o uso de matérias-primas virgens —extraídas da natureza— em detrimento de insumos derivados da reciclagem , que preservam recursos naturais, segundo especialistas da indústria e do direito tributário.

Esse é um dos obstáculo ao avanço da reciclagem no Brasil, hoje estimada em apenas 4% dos resíduos sólidos urbanos, e deriva de uma regra criada com o objetivo oposto: incentivar a infraestrutura de reciclagem.

Até 2021, comerciantes de recicláveis não precisavam pagar PIS e Cofins sobre as vendas dos insumos. As contribuições eram pagas pelas indústrias que transformam o resíduo em matéria-prima reciclada, chamadas de transformadoras, a uma alíquota de 9,25%.

A ideia da política era diminuir o peso de tributos sobre quem vende resíduos recicláveis, normalmente cooperativas, catadores ou sucateiros. A indústria, no entanto, reclama que a legislação reduz o interesse na aquisição de matérias-primas recicladas porque a carga tributária sobre o produto final aumenta, já que não há possibilidade de crédito.

Pelo regime comum, as transformadoras poderiam abater da cobrança final de impostos o valor que gastaram com a aquisição do insumos reciclados. Mas, como a lei prevê a não incidência sobre a venda dos reciclados, as empresas estavam proibidas de fazer o desconto.

Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico) fez um estudo para mostrar o impacto dessa proibição. A carga tributária efetiva para uma empresa que usa reciclados na produção era de 6,44%, já com as deduções legais. Sem a proibição, ela caía a 5,32%. Para as indústrias em geral, o valor chegava a 5,8%.

A entidade apresentou os dados ao STF (Supremo Tribunal Federal) para o julgamento de um recurso sobre a validade da apuração de créditos de PIS e Cofins na aquisição de insumos recicláveis.

Há três anos, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) declararam inconstitucional a proibição da tomada de crédito, assim como a suspensão da cobrança de PIS e Cofins sobre a vendas dos insumos recicláveis.

Lumy Mizukawa, que atuou em favor da Abiplast no processo, diz que em tese a decisão já está valendo, ou seja, vendedores de insumos reciclados deveriam recolher PIS e Cofins. As transformadoras, por outro lado, poderiam tomar créditos.

Mas isso pode mudar. O STF julga agora recursos contra a decisão do Tribunal e debate a partir de quanto ela começa a valer. O julgamento não tem data para ser retomado.

Ao menos 832 processos aguardam o desfecho do julgamento, conforme dados do CNJ (Conselho Nacional de Justiça)

O problema para a Abiplast é os ministros terem extrapolado o escopo do recurso —o artigo referente aos créditos— para decidir também sobre o pagamento de PIS e Cofins por comerciantes de insumos recicláveis. A entidade defende que a decisão se limite, de modo a manter o benefício fiscal na venda dos insumos.

“Do jeito que está, a matemática não é ideal”, afirma Lumy Mizukawa. “Contraria até a premissa de proteção ao meio ambiente”.

Energia Limpa

A Abrema (Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente) considera que o modelo atual estabelece uma bitributação de reciclados, já que os materiais são encarados como insumos comuns. Para ela, isso acontece no caso do PIS e da Cofins, bem como no do ICMS, cuja alíquota média no país é 18%.

“O produto feito com reciclados fica mais caro”, afirma Pedro Maranhão, presidente da entidade. “E o que acontece? Vale mais a pena comprar a matéria-prima virgem, porque ela está mais barata que a reciclada por uma questão tributária.”

Para ele, “a indústria da reciclagem precisa de viabilidade econômica no mundo capitalista. Tem que ter incentivo”.

Álvaro Rotunno, sócio da área tributária do Gaia Silva Gaede Advogados, discorda do argumento da bitributação por enxergar a reintrodução do insumo reciclável na cadeia produtiva como o início de um novo ciclo econômico, o torna possível a nova cobrança.

Ainda assim, sustentou a necessidade da concessão de benefícios tributários ao setor de reciclagem. Segundo o advogado, a cobrança de PIS e Cofins nas vendas de matéria-prima reciclada penaliza o mercado e fomenta a informalidade.

“Matérias-primas recicladas devem ser beneficiadas com incentivos fiscais para que a sua comercialização seja competitiva com as matérias-primas virgens —mais nocivas ao meio ambiente e com custo de fabricação geralmente mais baixo do que o das recicladas”, diz.

 

Empresas de reciclagem podem pagar mais imposto após decisão do STF -  03/08/2021 - Mercado - Folha

 

Fonte: Folha de S.Paulo

Material reciclado para embalagens são fundamentais, entenda

Embalagens feitas com materiais reciclados são um tema sempre presente no setor de produtos, relacionado à necessidade de cuidar do meio ambiente e buscar formas de tornar o processo de produção mais coerente com os conceitos de preservação ambiental.

Se você faz parte do mercado de embalagens e acredita que já ouviu falar o suficiente sobre esse assunto, é provável que tenha se deparado com fragmentos ocasionais em momentos distintos. No entanto, pode ser que falte um aprofundamento maior no tema.

Neste texto, levantaremos os pontos mais importantes sobre a importância de utilizar embalagens recicláveis e os principais pontos industriais, econômicos, sociais e ambientais.

Conheça 3 motivos para adotar embalagens feitas com material reciclado na indústria hoje

Em uma sociedade cada vez mais preocupada com questões sustentáveis, usar material reciclado é um dos principais pontos que competem a iniciativas da indústria de embalagem.

A importância das embalagens recicladas não pode ser subestimada, pois ela não apenas influencia a percepção do cliente ao ver o produto na prateleira, mas também impacta toda a cadeia produtiva de novos produtos e contribui para a geração de lucro.

Uma maneira pela qual a indústria pode contribuir para tornar esse produto sustentável é por meio da parceria com fornecedores de embalagens que utilizam matéria-prima reutilizável.

Existem bons motivos para que setores da indústria optem por opções recicláveis. Para que você entenda, a seguir vamos citar as principais questões.

1.Diminui os custos

Como as embalagens feitas com material reciclado são produzidas utilizando materiais de custo inferior, devido ao seu reaproveitamento, o custo de fabricação tende a ser menor do que o de embalagens feitas com matéria-prima nova.

Outra forma de diminuir os custos com iniciativas de reciclagem é usar embalagens conhecidas como retornáveis, aquelas que o consumidor devolve a embalagem ao estabelecimento e recebe algum benefício.

2.Fortalecimento da marca

Utilizar embalagens sustentáveis é uma questão que vai além dos custos de produção do material; envolve também o posicionamento da sua empresa aos olhos do consumidor.

Empresas que se mostram engajadas com questões ambientais e climáticas, demonstrando isso através do material das embalagens tendem a ter a preferência dos consumidores.

Por causa disso, muitos negócios adotam essa prática motivados principalmente pelo impacto positivo que pode ter nas vendas, levando-os a buscar matéria-prima sustentável para suas embalagens.

Esse motivo é uma maneira eficaz de incentivar as empresas a adotarem ações ecologicamente corretas e de promover uma conscientização crescente entre os empresários sobre o uso de materiais reciclados nas embalagens.

3.Benefícios legais para empresas que utilizam embalagens feitas com material reciclado

Para incentivar o uso de embalagens sustentáveis, existem diversas facilidades legais para negócios que estão dispostos a adotar práticas ambientais positivas. Dessa forma, muitos empreendedores direcionam sua atenção para práticas responsáveis, o que não apenas ajuda os negócios a obterem benefícios fiscais, mas também a demonstrarem uma postura responsável perante o consumidor.

Acompanhando esse texto até aqui, foram explicados os principais motivos para que empresas da indústria de embalagens adotem o uso de material sustentável. Agora vamos entender quais são os tipos de materiais reciclados: plástico, vidro, metal e papel. No entanto, poucas pessoas compreendem completamente a reciclabilidade dos materiais.

Conheça as possibilidades de reciclabilidade de cada tipo de material

Plástico

O plástico é o material mais versátil entre os que serão citados, pois pode ser encontrado em 7 tipos diferentes, que são utilizados na criação de diversos materiais. Esses tipos são:

  • PET (Polietileno Tereftalato) – Reciclável;
  • PEAD (Policloreto de Vinila) – Reciclados;
  • PEBD (Policloreto de Vinila) – Não reciclável de forma mecânica;
  • PFV (Policloreto de Vinila) – Reciclado;
  • PP (Propileno) – Não reciclado;
  • PS (Poliestireno) – Não reciclado.

Com exceção daqueles listados como não recicláveis, é possível recuperar materiais dos outros tipos de plástico, que podem ser reintegrados à cadeia produtiva e reutilizados posteriormente.

Vidro

Durante muito tempo, o vidro foi considerado um dos principais materiais reciclados, por ser reutilizado várias vezes, desde que não se quebre, quando isso acontece está instaurado um problema, pois se torna muito complicado de ser manuseado.

Existem iniciativas feitas por cooperativas e empresas privadas para cuidar da reutilização do vidro, mas devido ao risco desse trabalho os custos costumam ser altos.

Empresas que fazem esse tipo de trabalho se envolvem na coleta e triagem do vidro, no caso da iniciativa privada isso é feito de forma automatizada.

Papel

O papel é um dos principais materiais reciclados utilizados por empresas que desejam implementar embalagens sustentáveis em seus produtos.

Diferentemente de outros materiais, o papel possui um tempo de decomposição máximo de 100 anos, o que é menor em comparação ao plástico, metal e vidro.

O papel tem alto nível de reciclabilidade, isso envolve as vezes que pode voltar para a cadeia produtiva e ser usado novamente.

Metal

A categoria de metal envolve vários materiais, entre eles:

  • Aço;
  • Alumínio;
  • Cobre.

Existem outros tipos de metais que estão presentes com menos frequência em embalagens, mas fazem parte dessa categoria.

O metal é um material extremamente reutilizável e possui custo baixo no processo de reciclagem, fazendo com que seja uma matéria-prima com alta demanda.

Se você leu esse texto até aqui, então entendeu quais os materiais com maior possibilidade de reciclabilidade. Continue lendo, pois ainda temos dois assuntos para tratar, os impactos ambientais e sociais do uso de embalagens feitas com material reciclado.

Quais são os principais benefícios sociais do uso de embalagens com material reciclado

Não é possível falar sobre os benefícios sociais e ambientais de forma separada, pois sempre envolvem questões que estão muito ligadas.

Existem muitos fatores que influenciam a vida em sociedade quando o assunto são iniciativas sustentáveis, a principal delas é a necessidade de preservar o meio ambiente. Dado que esses temas são amplamente discutidos, agora vamos abordar alguns que às vezes são poucos discutidos.

Criação de empregos

Poucas pessoas se atentam a isso, mas o setor de reciclagem gera diversas vagas de emprego tanto para quem faz a coleta dos materiais quanto para quem cuida da transformação disso em algo novo.

Isso significa que o uso de embalagens feitas de material reciclado sustenta as pontas de um setor muito importante para a preservação do meio de recursos naturais.

De acordo com um estudo realizado pela ABIPLAST, a produção de cada tonelada de plástico reciclado gera empregos para aproximadamente 3,16 coletores responsáveis por esse material a cada mês.

Diminuição de resíduos sólidos

As embalagens feitas com material reciclável desempenham um papel fundamental na redução dos resíduos sólidos enviados para aterros sanitários, que são uma das principais fontes de gases do efeito estufa.

Outro fator é que as embalagens feitas com material sustentável são imprescindíveis para economizar recursos naturais.

Estímulo à economia circular

O conceito de economia circular se baseia na redução do desperdício e promove a reutilização de recursos. Esse modelo econômico favorece produtos que podem ser reutilizados e criar um ciclo contínuo de reciclagem, gerando valor a partir de materiais previamente descartados.

Quando funciona de forma perfeita, esse ciclo reduz muito a quantidade de lixo criado e, também ajuda a controlar a quantidade de produtos descartados em aterros.

O uso de embalagens  feitas com material reciclado ajuda a indústria, as pessoas e o meio ambiente, pois ao mesmo tempo que combate os problemas da falta de preservação ambiental, gera emprego e diminui custos de produção.

Nesse texto, você entendeu os principais pontos que tornam a iniciativa de embalagens sustentáveis muito importante e, com isso, implantar essa prática em seu negócio.

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