Sustentabilidade será cada vez mais decisiva na escolha da compra
Estudo da IBM aponta que os consumidores estão dispostos a gastar mais com marcas ambientalmente responsáveis e que, embora as empresas tenham ações, faltam métricas para acompanhá-las
“O consumidor está disposto a pagar um prêmio. Entre 61% e 70% falaram que estariam dispostos a pagar a mais. É uma porcentagem considerável de pessoas que estão dispostas a pagar a mais”, enfatiza Carlos Capps, head de consultoria e serviços para as indústrias de varejo e produtos de consumo da IBM América Latina.
Consumidores mais sustentáveis
“A pandemia levantou a atenção dos consumidores para a sustentabilidade e a saudabilidade. As pessoas estão mais preocupadas com o que elas consomem e a procedência dos alimentos. Quando você une com a agenda de sustentabilidade, se um fabricante diz que a carne não tem antibióticos, existe um público que gostaria de pagar um pouco a mais por essa carne. Mas é preciso garantir uma rastreabilidade para que o consumidor tenha certeza que isso não é uma mentira”.
O estudo ainda aponta que os consumidores não estão olhando para a sustentabilidade apenas ao escolher uma marca, mas também ao investir, ao escolher o emprego e o meio de transporte
Estudo da IBM aponta que os consumidores estão dispostos a gastar mais com marcas ambientalmente responsáveis e que, embora as empresas tenham ações, faltam métricas para acompanhá-las
As empresas estão realmente engajadas com a sustentabilidade? Os clientes estão dispostos a pagar um pouco mais por uma marca ambientalmente responsável? A resposta para ambas as perguntas é sim. De acordo com o estudo “A última chamada para a sustentabilidade” realizado pela IBM Institute for Business Value (IBV), ao qual a Consumidor Moderno teve acesso com exclusividade, hoje, cerca de 40% dos consumidores apontam que os fatores de impacto ambiental são mais importantes do que custo, conforto e conveniência.
“O consumidor está disposto a pagar um prêmio. Entre 61% e 70% falaram que estariam dispostos a pagar a mais. É uma porcentagem considerável de pessoas que estão dispostas a pagar a mais”, enfatiza Carlos Capps, head de consultoria e serviços para as indústrias de varejo e produtos de consumo da IBM América Latina.
Consumidores mais sustentáveis
“A pandemia levantou a atenção dos consumidores para a sustentabilidade e a saudabilidade. As pessoas estão mais preocupadas com o que elas consomem e a procedência dos alimentos. Quando você une com a agenda de sustentabilidade, se um fabricante diz que a carne não tem antibióticos, existe um público que gostaria de pagar um pouco a mais por essa carne. Mas é preciso garantir uma rastreabilidade para que o consumidor tenha certeza que isso não é uma mentira”.
O estudo ainda aponta que os consumidores não estão olhando para a sustentabilidade apenas ao escolher uma marca, mas também ao investir, ao escolher o emprego e o meio de transporte.
Preocupação é crescente, mas carece de métricas
O estudo, que entrevistou mais de 1,9 mil executivos globais de empresas de varejo e bens de consumo (CPG), incluindo líderes da América Latina, vai a fundo e mostra que existem ações de sustentabilidade. Afinal, 9 em cada 10 empresas afirmaram que trabalharão em várias iniciativas de sustentabilidade até o final de 2021.
Porém, há lacunas. A principal delas é a falta de métricas específicas para o acompanhamento das ações, pois menos de um terço definiram formas de medir suas metas de sustentabilidade. Apenas 10% das empresas do setor de consumo definiram métricas únicas e menos de 20% alinharam métricas de desempenho organizacional para medir o progresso da sustentabilidade. O estudo ainda aponta que a maioria das organizações está em processo de definição de métricas ou pretende fazê-la em breve.
“Um exemplo é a meta de ser carbono zero em 2030. Para isso, é necessário rastrear todas as iniciativas que tenho para chegar lá. É preciso ter métricas dessas ações para que eu construa o resultado. Do outro lado, é necessário ter uma governança preocupada com isso que crie incentivos para os executivos que estão relacionados à essa nova agenda. Também preciso criar formas de capturar qual é o valor gerado por essa nova agenda”, destaca Capps.
Em que canal o consumidor busca informação?
O consumidor busca checar o compromisso das marcas quando o assunto é sustentabilidade. As fontes variam de acordo com a faixa etária. Os consumidores de 40 a 54 anos buscam o online search e a mídia social. Os mais jovens, de 18 a 24 anos, estão concentrados na mídia social, enquanto o consumidor que tem entre 65 e 70 anos observa a etiqueta.
“Na comparação entre as fontes de informações, vê-se que o ‘boca a boca’ é pouco importante. As empresas devem se preocupar em fazer um investimento em mídia social e também nos mecanismos de busca”, destaca o head da IBM
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