ESG: carros elétricos se tornam aliados para metas de sustentabilidade

Você já deve ter ouvido falar sobre ESG, mas talvez não saiba o significado dessas três letras que estão tão na moda atualmente.

ESG é uma sigla em inglês para Environmental, Social and Governance. Traduzindo, significa Ambiental, Social e Governança.

ESG é a base formada por três pilares fundamentais para garantir a sustentabilidade de empresas, organizações e atuações governamentais. Quando falo de sustentabilidade, não quero me referir a meio ambiente (apesar de estar contido na em um dos pilares). Neste caso, a sustentabilidade se refere à condição da continuidade de negócios e uma vida longínqua.

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Para tanto, as instituições que têm a ambição de continuarem vivas fundamentam suas ações com base no ESG. Não é mera publicidade ou tentativa de se vender como uma empresa politicamente correta. ESG garante a redução de riscos em relação a despesas desnecessárias, processos e também impacto em sua imagem.

Mas antes mesmo de ESG virar moda, já se discutia o assunto há muitos anos, mas com nomes diferentes. Desde a Conferência de Estocolmo, em 1972, gerou-se a compreensão que os recursos naturais são finitos e a exploração descontrolada acarreta em efeitos de difícil recuperação ou irreparáveis.

Com o passar dos últimos 50 anos, os discursos começaram a se transformar em ações objetivas, tanto por intermédio de governos quanto por determinação de conselhos e investidores. Além da Governança Corporativa, as políticas Sociais e Ambientais se tornaram bússola para definição de planos estratégicos.

Afinal de contas, quando os carros elétricos entraram nessa história? Calma, já falaremos sobre isso em breve. Como uma das principais ações (se não for a principal ação) do pilar ambiental, a neutralização de carbono das operações tornou-se praticamente como o alvo a ser atingido de forma urgente. Essa pressão não é meramente ideológica, há cobrança por conta de acordos internacionais, políticas de Estado e exigências dos investidores.

A partir da Conferência de Estocolmo, criou-se a consciência de que toda ação do ser humano deixa uma pegada no meio ambiente. Sendo assim, não há como vivermos sem deixar rastros, mas podemos minimizar os impactos com diversas ações. Infelizmente, algumas operações são tão danosas que, mesmo com a evolução de técnicas e adoção de práticas mais “limpas”, ainda sim o impacto será grande. Como o exemplo a extração de petróleo.

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Apesar da busca constante pela redução do uso do combustível, ainda assim não temos como substituir definitivamente a exploração. Por conta disso, as principais petrolíferas mudaram o foco e também a identidade. Hoje são empresas de energia. Dessa forma, possuem uma vasta gama de formas para gerar energia de origem renovável e baixo carbono. Mesmo assim, ainda teremos alguma geração de carbono. Por conta disso, as entidades públicas e privadas buscam compensar de outras formas que não estão necessariamente ligadas a sua atividade fim.

É aí que chegamos aos veículos elétricos. É fato que os veículos elétricos terão, ao longo de sua vida útil, menor impacto na emissão de carbono que seus irmãos a combustão. Para termos uma ideia, se formos considerar apenas a eficiência energética dos motores, os veículos a combustão possuem um aproveitamento inferior a 40% para a tração do veículo, enquanto os motores elétricos têm uma eficiência energética de aproximadamente 95%. Soma-se a isso também o impacto ambiental deixado pela produção do combustível fóssil e a geração de energia.

Algumas pessoas consideram uma falácia potencial de neutralização de carbono pelos veículos elétricos por alegarem que a energia elétrica na Europa é produzida por meio de termelétricas. Em partes é verdade, mas ainda assim, o uso de um gerador para produção de eletricidade é ainda mais eficiente que o uso de combustíveis fósseis em motores térmicos.

Mas se você ainda não se convenceu, posso dizer também que a fonte de energia na Europa já não está tão dependente de fontes poluidoras como era há poucos anos atrás. Basta dar uma olhada nos dados apresentados pelo site electricitymaps.com para observar que as mudanças de fontes de energias estão aceleradas para opções mais limpas.

Se formos avaliar a matriz energética do Brasil, o impacto positivo da adoção de uma frota elétrica é ainda maior. Temos 90% da produção de origem de baixo carbono e 87%, de fonte renovável. Na América do Sul, apenas o Uruguai possui matriz energética mais limpa que o Brasil.

Outro ponto importante que precisamos destacar é a redução de peças de desgaste natural e a longa vida daquelas existentes. São menos resíduos descartados.

Para finalizar, os veículos elétricos também podem ser considerados uma ótima ferramenta para cumprir objetivos do pilar Social. Afinal, eles ajudam a reduzir o adoecimento dos condutores por esforços repetitivos, diminuem o estresse e o desgaste físico por ser uma condução mais agradável.

Sabemos que não é tão simples substituir uma frota operacional em um curto período de tempo. Por isso, mudar os veículos que atende os executivos é estratégico para uma transição estruturada. Além da isenção de rodízio na cidade de São Paulo e ficarem menos tempo parados em uma revisão, geralmente são veículos mais modernos e confortáveis. Que tal considerar um carro elétrico para retenção de talentos?

 

Fonte: Portal IG 

 

 

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