Embalagens Biodegradáveis: O que são e quais os tipos
SOLUÇÕES QUE SE DECOMPÕEM NATURALMENTE APÓS O USO E DESCARTE GANHAM FORÇA EM UM MERCADO CADA VEZ MAIS CONSCIENTE E ÁVIDO POR DIMINUIR SEU IMPACTO AMBIENTAL.
O que são embalagens biodegradáveis?
As embalagens biodegradáveis se degradam de forma natural, através de processos orgânicos promovidos pelo próprio meio onde estão, sem causar efeitos nocivos nos ecossistemas.
Vamos ao que diz a ABNT: segundo o órgão, uma embalagem biodegradável deve ser “quebrada” por microorganismos, como fungos e bactérias, em pedacinhos menores que 2 milímetros. E este processo não pode demorar mais que 90 dias, sendo considerados também os níveis de toxicidade envolvidos nesse resultado, bem como as emissões de CO2.
Alguns exemplos de embalagens biodegradáveis são as de papel, as de celofane (produzido a partir de celulose), as de resíduos vegetais e, até mesmo, opções em plástico biodegradável.
O que são embalagens sustentáveis?
Quando falamos de sustentabilidade, diversos outros aspectos — além da degradação natural — precisam ser levados em conta. Por exemplo, a produção da embalagem utiliza recursos naturais de forma desequilibrada? Gera pegada de carbono considerável?
O uso dessa embalagem se justifica, ou sua função é meramente adornar um produto que poderia ser comercializado livre de embalagens ou a granel?
Após o uso, seu descarte proporciona opções de reciclagem ou biodegradação?
Exemplos de embalagens sustentáveis podem ser o vidro e o alumínio, sabia? Pois é! O vidro, no caso, pode ser reutilizado para sempre em sua casa, não é mesmo? E, veja só: ambos materiais não liberam substâncias tóxicas em condições normais e podem ser reciclados inúmeras vezes.
Embalagens biodegradáveis são sustentáveis?
Considerando estes aspectos, começamos a perceber que as embalagens biodegradáveis não são, necessariamente, sustentáveis. Essa análise precisa ser feita caso a caso.
Um exemplo de embalagem que pode ser considerada sustentável e biodegradável é a de papel, especialmente o reciclado. Ela tem origem em fontes sustentáveis, não causa qualquer tipo de dano ou contaminação e após seu uso pode tanto ser reciclada novamente ou se degradar naturalmente no meio ambiente em pouco tempo.
Como são feitas as embalagens biodegradáveis?
Os processos de fabricação de uma embalagem biodegradável podem ser os mais variados, dependendo do fim a que se destinam e das matérias-primas envolvidas.
Existem embalagens biodegradáveis produzidas a partir de recursos orgânicos como milho, mandioca, cogumelos, algas, casca de tomate e até mesmo camarão — já imaginou?
Em muitos casos, o bacana é que esses recursos são sobras de outros processos, o que dá mais sentido para seu uso. Já em outros, recursos naturais que poderiam alimentar pessoas acabam sendo empregados para produzir essas embalagens e isso, claro, gera questionamentos.
Como possuem origem em recursos vegetais, muitas dessas embalagens biodegradáveis se propõem a serem consumidas após o uso: por isso, se auto-proclamam embalagens comestíveis. Mas, claro, é preciso cuidado com eventuais distúrbios alimentares advindos dessa ingestão.
Embalagens biodegradáveis para alimentos
Falar em distúrbios alimentares nos leva a pensar em um tipo específico de embalagem biodegradável: as embalagens biodegradáveis para alimentos.
Assim como as não biodegradáveis, as embalagens biodegradáveis de alimentos precisam cumprir com normas rígidas que atestem sua segurança e comprovem que não causam nenhum tipo de contaminação ao entrar em contato com os alimentos.
Algumas são produzidas a partir de amido de milho, por exemplo, com resistência e textura aprovados por certificações. Outro exemplo de embalagem biodegradável para alimentos é o PLA (plástico poliácido lático), um tipo de plástico considerado biodegradável e que não gera nenhum tipo de intoxicação em contato com os alimentos. Quaisquer partículas plásticas que fiquem nos alimentos não causam nenhum prejuízo à saúde humana.
Como funciona o plástico biodegradável?
No caso do PLA, bactérias produzem o ácido lático durante o processo de fabricação desse plástico. Isso faz com que, além de ser biodegradável, esse plástico ainda seja reciclável, biocompatível e bioabsorvível.
O fator complicador do PLA é que sua degradação adequada só ocorre em determinadas condições específicas de umidade, temperatura e meio — e que quase nunca estão presentes nos oceanos, aterros ou lixões onde, infelizmente, a maioria dos plásticos acaba.
Além disso, seu custo de produção ainda é consideravelmente mais alto que as demais opções.
Como saber se um plástico é biodegradável?
Procure sempre por selos e certificados de plástico biodegradável nos produtos que for adquirir. Hoje em dia, não é difícil encontrar sacolinhas, sacos de lixo, copinhos e talheres descartáveis produzidos com plástico biodegradável.
No entanto, vale reforçar: esses materiais plásticos precisa sem descartados corretamente, sendo destinados a empresas de reciclagem ou projetos de compostagem que garantam sua degradação correta na natureza.
Plásticos biodegradáveis são prejudiciais?
Descartar um plástico biodegradável de forma irresponsável pode acarretar prejuízos ambientais. No caso do PLA, do qual já falamos, ele acaba reagindo de maneira incorreta quando vai parar em um lixão ou em aterros sanitários.
Geralmente, as condições desses locais acabam levando o PLA a uma degradação anaeróbia, com baixa concentração de oxigênio. Isso leva à liberação de gás metano na reação, que é um dos gases mais agressivos à camada de ozônio, causando o efeito estufa.
Além disso, as normas técnicas de diferentes países como Estados Unidos e Brasil permitem a adição de outros tipos de plástico não biodegradáveis na mistura do PLA (mantendo, mesmo assim, sua classificação biodegradável). Isso leva esses materiais nocivos diretamente para o meio ambiente no descarte.
Fonte: BOB
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